quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

MELASMA.


Uma das maiores preocupações das grávidas são as manchas no rosto: o famoso e terrível Melasma.
O melasma é caracterizado por manchas escuras, acastanhadas na face que surgem, na grande maioria dos casos, em mulheres, com mais de 25 anos, após a gravidez ou uso de pílulas anticoncepcional ou reposição hormonal. Mas pode surgir em pessoas que nunca engravidaram, que não usam hormônios e até mesmo em homens. Quando aparece na gravidez é chamado de Cloasma Gravídico. Ele atinge principalmente nas maçãs do  rosto, mas pode atingir testa, queixo, buço, nariz, por isso também pode ser chamado de máscara gravídica.
O melasma ocorre em cerca de 70-75% das gestantes  e 10-30% de mulheres que usam anticoncepcionais hormonais. A intensidade do melasma  pode variar de bem discreto, quase imperceptível até muito acentuada, desfigurante.
Sua causa ainda não é totalmente definida, mas sabemos os fatores que contribuem para o seu aparecimento:
  • Predisposição racial ou familiar: é mais comum em pessoas de pele morena
  • Gravidez
  • Uso de hormônios: pílulas e terapia de reposição hormonal
  • Exposição solar: é o principal fator desencadeante
  • Luz visível: até a luz das lâmpadas podem manchar
  • Cosméticos e medicamentos: o uso incorreto de algumas substâncias pode agravar o quadro
Dependendo da profundidade do pigmento na pele, o melasma pode ser de 3 tipos:
  • Epidérmico: mais superficial, mais fácil de tratar
  • Dérmico: mais profundo, tratamento mais difícil
  • Misto
Notícia boa: a maioria desaparece completamente em até 1 ano após o parto. Mas… alguns são persistentes e atormentam nossas vidas por muito tempo.
E agora vocês me perguntam: Mas e aí, o que a gente faz para prevenir? Tarde demais, elas já apareceram e agora ?
Bom, o ponto fundamental na prevenção e no tratamento do melasma é aPROTEÇÃO SOLAR! Fuja do Sol mais do que nunca !!! A pele de quem tem melasma é muito mais sensível ao Sol, e continua sendo mesmo após o tratamento. Use protetor solar FPS 30 ou mais, com proteção contra UVA e UVB, que tenham agentes químicos e físicos (dióxido de titânio ou óxido de zinco). Repasse a cada 3 horas e no verão os cuidados devem ser redobrados. Alguns protetores tem cor de base para disfarçar a mancha (é base! é protetor!). Sugestões:










  1. Anthelios XL 50+ creme com cor    
  2. Avène 50 compacto Sable
  3. Heliocare Compacto FPS 50
  4. Episol Ultra FPS 50 loção oil free
  5. ADCOS Bloqueador Solar Tonalizante Base Stick FPS47
  6.  Minesol Actif Unify FPS 60 – ROC
  7. Spectraban T Color Base – loção fluida FPS 35
  8. Spectraban T Color Base Compacta FPS 39
 O protetor solar é o único produto que as grávidas podem usar, tanto para prevenir quanto para tratar o Melasma. O tratamento mesmo só poderá ser feito depois da gravidez. Até porque como nesta fase os hormônios estão bombando o resultado do tratamento será ruim e lembrando que a maioria desaparece após o parto sem nenhum tratamento.
Existem diversos e bons agentes clareadores que podem ser usados em casa na forma de creme, gel, loção, que devem ser prescritos pelo dermatologista.  A hidroquinona é o despigmentante mais utilizado e mais eficaz. Ela age impedindo a formação de melanina. Pode ser usada na concentração de 2-5%. A associação de hidroquinona com tretinoína e corticóide é consagrada e é conhecida como fórmula de Kligman.
Outros agentes clareadores são: ácido retinóico, arbutim, ácido azeláico, vitamina C, ácido glicólico, ácido kójico. A associação de agentes tem uma boa resposta. Podem ser manipulados ou produtos já existentes no mercado.
Outro tratamento que tem boa ação clareadora são os peelings, que são feitos nos consultórios dermatológicos. Geralmente, são peelings superficiais e seriados, ou seja, são necessárias várias sessões para ter um bom resultado. Existem também os lasers, que devem ser usados como tratamento complementar nos melasmas persistentes.
Pacientes que usam pílula e têm melasma de difícil tratamento, devem conversar com o ginecologista e mudar o método anticoncepcional. Hoje fala-se muito do uso de comprimidos antioxidantes a base de vitamina C, vitamina E e picnogenol como adjuvantes do tratamento. Os resultados parecem ser promissores, mas ainda é controverso.
Os resultados do tratamento costumam aparecer após 1 ou 2 meses. A palavra-chave para o sucesso do tratamento é PERSISTÊNCIA!!
Notícia ruim: a mancha reaparece ou escurece muito facilmente, com qualquer Solzinho. É fundamental a manutenção com o uso de protetor solarsempre. 
Grávidas não se desesperem e curtam esse momento maravilhoso, depois é só correr atrás do prejuízo e tudo vai dar certo!! Consultem o dermatologista para saber o tratamento adequado para o seu caso.
Bjinhos!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Diet e light para grávidas e crianças.


Os prós e os contras do consumo desses produtos na infância e na gestação, quando as necessidades nutricionais são bastante peculiares.



Com as prateleiras repletas de produtos cujas embalagens anunciam a presença de adoçante ou a restrição de algum ingrediente, pode ser difícil decidir entre eles e as versões originais. Conversamos com especialistas no assunto para esclarecer as vantagens e desvantagens desses alimentos e, assim, facilitar sua escolha

1) Grávidas podem ingerir adoçantes ou produtos que os contenham?
A última década coleciona uma série de pesquisas sobre o assunto e mesmo assim médicos e especialistas não chegaram a nenhuma conclusão. Até porque é difícil realizar estudos sem colocar mãe e filho em risco. Enquanto alguns obstetras liberam o uso de adoçantes sem grandes restrições, outros preferem não arriscar, a não ser em casos de doenças específicas, como o diabete gestacional. Por isso, é melhor evitar produtos diet – os que substituem açúcar por adoçante - por conta própria: prefira seguir a orientação do seu obstetra ou de um nutricionista. E quando consumir algo light (produtos com algum ingrediente restrito em relação à versão original) observe se não há adição de adoçante.

2) E crianças, podem consumir produtos com adoçantes?
Também não há estudos conclusivos sobre isso. Quando existe uma restrição médica, como o diabete, os médicos liberam o uso de adoçantes assim como o de produtos que os possuam em sua composição. Vale lembrar que, nesse caso, a indicação são os produtos diet, isentos de açúcar. Os light possuem uma quantidade menor de gordura, açúcar ou calorias e são mais indicados quando o problema é a obesidade. Mas sempre é preciso ter uma orientação médica para não prejudicar o desenvolvimento da criança, qualquer que seja a situação.

3) Quais os tipos de adoçante mais recomendados?
De acordo com os resultados de pesquisas recentes, adoçantes a base de stévia e sucralose são os mais seguros. Consequentemente, é sempre melhor optar por produtos que contenham esses tipos em sua composição. A stévia é um adoçante natural extraído de uma planta de mesmo nome. Seu inconveniente é possuir um sabor residual amargo muito intenso, que não cai no gosto de algumas pessoas. Já a sucralose é um adoçante artificial produzido a partir da sacarose e que possui sabor bastante agradável. Mas, ela não é totalmente inofensiva: estudos têm mostrado que a sucralose poderia atuar de forma negativa no intestino, diminuindo as bactérias benéficas que o colonizam.
Os demais ainda estão sob suspeita: o ciclamato está, atualmente, no banco dos réus e foi banido nos Estados Unidos pelo FDA (Food and Drug Administration). No Brasil, ainda é amplamente utilizado, principalmente nos refrigerantes diet, light e zero. Enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não se manifesta, o melhor é ler o rótulo do produto para conferir qual o adoçante empregado na formulação. Aspartame e sacarina sódica devem ser evitados pelas gestantes e crianças, pois não há um consenso sobre a sua segurança durante a gestação ou no desenvolvimento infantil.  

4) Existe uma quantidade máxima de adoçante permitida para ser usada, considerada segura?
Aqui no Brasil, as recomendações mais recentes foram elaboradas pela ANVISA em 2008 e são válidas para todas as pessoas, incluindo grávidas e crianças.  Ela é expressa em miligramas de adoçante por quilo de peso por dia. Para a sucralose, por exemplo, a ingestão diária máxima deve ser de 15 miligramas por quilo de peso. Assim, uma pessoa que pesa 60 quilos poderia consumir, no máximo, 900 mg de sucralose diariamente– um pouco mais de um saquinho, daqueles que usamos para adoçar um café. Quando se trata da stévia, essa quantidade é menor: 5,5 mg por quilo de peso por dia. Apesar de ambos serem considerados seguros, convém não ultrapassar muito os valores sugeridos.

5) Em que casos os produtos com adoçantes são vantajosos para grávidas?
Alguns obstetras acreditam que o adoçante é adequado quando há riscos de diabetes gestacional. Se a mulher apresenta taxas de açúcar nas alturas antes ou durante a gravidez, deve consumir o produto com  orientação de um médico ou nutricionista. No caso de mulheres que começam uma gestação acima do peso ou engordam muito durante os nove meses, o uso de produtos com adoçantes deve ser associado a uma alimentação regrada. Os adoçantes, sozinhos, não vão controlar o ganho de peso.

6) Como os produtos com adoçantes podem ajudar as crianças?
Para os pequenos, a orientação é a mesma destinada às barrigudas: no caso de doenças restritivas, o adoçante é, praticamente, a única forma de consumir doces e similares. Mas, quando a questão é o excesso de peso, é necessário muito cuidado. Antes de optar por produtos diet e light, é melhor recorrer a uma reeducação alimentar, supervisionada por um médico ou nutricionista, para garantir o consumo de todos os nutrientes de que a criança precisa para se desenvolver bem.

7) Existem substitutos mais adequados?
Quando não há restrição médica e o objetivo é o controle do peso,  pode-se substituir o açúcar refinado por outras versões, ao invés de optar pelo adoçante. Vale experimentar o açúcar mascavo, muito mais nutritivo do que o refinado, ou mel. Outra boa atitude é refletir se o alimento realmente precisa ser adoçado. Alguns sucos, por exemplo,  já contam com o sabor adocicado natural da fruta, proveniente da frutose.

8) A mulher pode ingerir adoçantes na fase de amamentação?
Sim, pode, desde que leve em conta as mesmas orientações do período gestacional. Mas, é bom saber que não há nenhum estudo conclusivo sobre o assunto. Por isso, não há, ainda, como mensurar a real interferência do adoçante no desenvolvimento do bebê, caso ele seja absorvido por meio do leite materno. Caso não exista uma razão médica que justifique o consumo, o melhor é optar por outras soluções, como usar o açúcar em quantidade reduzida.

Bjs!!!