segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pré-natal completo!

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Fique por dentro de todos os procedimentos médicos a que as gestantes devem se submeter para garantir que ela e o bebê cheguem, com saúde e segurança, ao momento do parto. Uma agenda repleta de compromissos passa a fazer parte do dia a dia da mulher assim que se constata uma gravidez. Consultas, avaliações físicas e outros exames, que devem ser realizados em laboratório de análises clínicas e medicina diagnóstica, preenchem nove meses de uma intensa maratona médica. “Por se tratar de um evento fisiológico, a assistência ao pré-natal é como uma supervisão da natureza e cabe ao médico saber atuar no momento correto para garantir o melhor para o bebê e a mãe”, diz Andrea Romagna Fernandes Coelho, ginecologista e obstetra da Paraná Clínicas, de Curitiba.

O Ministério da Saúde recomenda que a gestante visite o médico pelo menos seis vezes até o parto, mas grande parte dos especialistas prefere ver suas pacientes com uma frequência maior (confira abaixo como se dá essa rotina e o que é avaliado em cada consulta). Fundamental mesmo é não demorar para começar o acompanhamento! “O atraso menstrual leva a paciente à consulta. Depois de constatada a gravidez, já se deve iniciar o pré-natal”, afirma José Bento de Souza, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, de São Paulo.

Frequência e teor das consultas
Embora o número de consultas varie de acordo com a conduta de cada médico e também conforme as peculiaridades da gestação, em geral a paciente é orientada a retornar ao consultório do obstetra mensalmente até o sétimo mês de gravidez. No oitavo, ocorrem duas visitas, uma em cada quinzena. Já no nono e último meses, o encontro com o especialista passa a ser semanal. Toda essa rotina serve para cuidar da saúde de mãe e filho e acompanhar de perto o desenvolvimento do bebê. Estes são os pontos abordados e as avaliações feitas durante uma consulta de pré-natal:

- Conversa com a paciente para saber como anda seu estado geral, quais sintomas vem apresentando e, a partir da 20ª semana, indagação sobre os movimentos do feto.
- Medição da pressão arterial.
- Verificação do peso.
- Aferição da altura do útero e da circunferência abdominal.
- Ausculta dos batimentos cardíacos do feto.
- Solicitação de exames médicos (laboratoriais, de imagem e outros, se necessário).

Exames obrigatórios
Confira, na tabela abaixo, os exames a que toda gestante deve se submeter, a fase em que devem ser realizados e o que eles apontam para o médico. Lembre-se, porém, de que cada gravidez é uma situação única, com muitas variáveis, o que pode determinar a realização de outros testes não listados aqui. Existem casos especiais, que devem ser tratados de maneira diferenciada e com condutas bastante particulares.


Exames especiais
Alteração no resultado de um dos exames comuns do pré-natal, gravidez após os 35 anos, gestantes com doenças prévias (como lúpus, câncer, doenças do colágeno etc.), grávidas com diabetes ou hipertensão, histórico de doenças hereditárias na família e gestação de múltiplos. Essas são algumas das situações consideradas de risco pelos médicos e que levam à necessidade de um pré-natal ainda mais cuidadoso tanto em relação à frequência de consultas quanto à realização de exames específicos. Conheça alguns dos testes adicionais, que podem ser solicitados, se a paciente necessitar de uma assistência intensiva:

Biópsia do vilo corial (11ª a 14ª semana):
Solicitada normalmente quando existe a suspeita de alterações cromossômicas no feto. A dúvida pode surgir, por exemplo, após o exame de ultrassonografia de translucência nucal. O procedimento consiste na análise de uma amostra da placenta, coletada por uma agulha, que é inserida através do abdômen da gestante. O exame apresenta um risco pequeno de provocar aborto.

Amniocentese (a partir da 13ª semana):
Semelhante à biópsia do vilo corial, também objetiva a constatação de anormalidades genéticas no feto. Nesse exame, porém, a amostra analisada é do líquido amniótico, que envolve o bebê. Assim como no exame anterior, existe o perigo de causar um aborto.

Ultrassonografia transvaginal (a partir da 12ª semana):
Indicada quando a gestação tem alto risco de prematuridade, como no caso de gêmeos, tem como finalidade checar as condições do colo do útero. Se houver probabilidade de ele se romper, o que pode levar ao parto prematuro, o médico avalia a possibilidade de realizar uma cerclagem uterina (cirurgia que costura o colo do útero para reforçar seu fechamento).

Fibronectina fetal (18ª à 24ª):
É uma análise da secreção vaginal para avaliar a chance de nascimento prematuro. Realizada em mulheres de alto risco para parto prematuro, como as que tiveram o problema em gestação anterior ou apresentam o encurtamento do colo uterino.

Ecocardiografia fetal (a partir da 28ª semana):
Com um aparelho de ultrassonografia, observa-se detalhadamente o funcionamento do coração do bebê. Esse exame vem sendo cada vez mais adotado pelos médicos como uma rotina, dentro do pré-natal, mesmo para pacientes de baixo risco. Entretanto, muitos obstetras ainda o requisitam apenas para situações específicas, em que a probabilidade de anomalias cardíacas no feto é maior. Alguns desses casos ocorrem se a mãe tem alguma malformação congênita do coração ou quando é constatada uma alteração cromossômica no feto.

Cuidem-se!!! Bjs!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sonhos na gravidez.

Nesse período, eles parecem tão nítidos e reais que vão fazer você ficar em dúvida se estava dormindo. É o inconsciente despertando seu amor maternal. Escute o que ele tem a dizer!





Sonhei que entrava no segundo quarto do apartamento onde morava. Ele estava vazio. Mas, ao abrir o armário, descobri que havia vários vestidinhos, pendurados aos pares, cada um de uma cor. Na hora, soube que tinha engravidado de duas meninas. Realmente, após nove meses, nasceram Julia e Isadora, minhas gêmeas não idênticas.” Quem conta essa história é a psicoterapeuta paulista Sâmara Jorge, que na época havia feito uma fertilização in vitro, mas ainda não sabia o resultado. Premonição?

Sim, mas não no sentido sobrenatural. “Nosso corpo sabe que engravidamos muito antes de termos consciência disso e pode mandar o recado pelo sonho”, explica a psicóloga Marion Rauscher Gallbach, de São Paulo, autora dos livros Aprendendo com os Sonhos e Sonhos e Gravidez – Iniciação à Criatividade Feminina (ambos da Paulus). E prepare-se, pois sua mente vai usar muito esse canal de comunicação nos próximos meses. “A gestação é uma fase marcada por mudanças físicas e psíquicas. Todas as emoções são sentidas de maneira muito intensa e se revelam nos sonhos. Portanto, prestar atenção neles e tentar compreendê-los pode ajudar a grávida a lidar melhor com os sentimentos e as expectativas e com a nova relação que está estabelecendo com o feto e consigo mesma”, afirma Sâmara.

Código pessoal

A menos que você seja expert em interpretação dos sonhos, essa percepção é intuitiva, mesmo porque o inconsciente fala por símbolos. Mas o que ele comunica ajuda a perceber medos, dúvidas, ansiedades e desejos em relação à maternidade. Segundo a psicóloga americana Patricia Garfield, referência mundial no estudo dos sonhos e autora do livro Women’s Bodies, Women’s Dreams (“Corpos femininos, sonhos femininos”, ainda não publicado no Brasil), existe até um padrão nas mensagens oníricas mais frequentes a cada fase da gravidez.

1° trimestre Evidenciam ansiedade em relação ao nascimento do filho e despertam a consciência para as mudanças corporais e a formação do líquido amniótico. Exemplos: sonhos com água, inundações, mar etc.

2° trimestre Revelam interesse pela ligação com o bebê, insegurança com a aparência e preocupação com o amor do parceiro. Exemplos: sonhos em que o parceiro se relaciona com outra mulher, o bebê é esquecido em algum lugar ou não há leite para alimentá-lo.

3° trimestre Giram em torno do desejo de saber mais sobre o bebê – se é menino ou menina, suas feições. “Os relatos falam de sonhos nos quais as crianças revelam suas preferências nesses assuntos”, diz Sâmara.

Semanas finais da gestação Trazem à tona medos em relação ao parto e ansiedade pela chegada da criança e pela responsabilidade de ser mãe. São comuns sonhos com roubos, assaltos e situações incontroláveis.

Seja qual for o recado, sonhar faz bem à grávida, como concluiu um grupo de pesquisadores da Universidade de Yamaguchi, no Japão, ao revisar uma série de estudos sobre o tema. Segundo eles, a maioria das pesquisas indica que os sonhos fazem a mulher lidar mais facilmente com as crises emocionais do período e a aceitar o papel de cuidadora de uma nova vida. “A função deles é ajudar a mente a se equilibrar, trazendo para o consciente medos e inseguranças ocultos”, ensina Sâmara. Um exemplo? Se você treme só de pensar em dar o primeiro banho no seu filho, é provável que se tranquilize caso os sonhos revelem uma imagem sua em situações de amor e cuidado com o bebê.

Conexão total

Além de ricos no enredo, os sonhos agora tendem a parecer mais realistas. “Eu nunca me lembrava de um sonho, mas na gravidez eles se tornaram tão incrivelmente nítidos que nem precisava anotá-los”, conta a assistente administrativa Milena B. Maia, 37 anos, de São Paulo, mãe de Vinicius, 1 ano. Não é por acaso. “O inconsciente fica ativado em fases de transição, mudanças e momentos importantes. E a gravidez é um grande ciclo transformador. Essa pode ser a razão de os sonhos das gestantes serem tão marcantes”, explica Sâmara.

A escritora americana Tracie Hotchner, autora do best seller Pregnancy and Childbirth (“Gravidez e parto”, ainda sem tradução no Brasil), confirma que, na gravidez, os sonhos se tornam mesmo muito vívidos, especialmente no último trimestre. “Pense neles como mensagens, informações secretas sobre si mesma que, de outra forma, não seriam reveladas”, escreve a autora.

“Até o quarto mês, vivia sonhando com o mar causando inundações devastadoras, derrubando pontes e alagando ruas. Nessa época, eu chorava demais e estava superemotiva. Acho que a gravidez me ajudou a recuperar uma sensibilidade que andava sufocada”, lembra Milena. A maneira avassaladora como a água se manifesta nos conteúdos oníricos, na forma de tsunâmis e alagamentos, explica Marion, demonstra a profundidade da transformação pela qual você está passando. “Esses fenômenos revelam a força da natureza, algo que não se pode controlar, assim como a grávida também não controla as mudanças (de apetite, sono, ritmo, formas, humor) que experimenta”, compara a psicóloga.

O que as especialistas garantem é que, se usar os sonhos para estabelecer uma sintonia fina com a sua mente, você terá mais tranquilidade para esperar que a natureza cumpra seu papel. “Há um bebê em formação, mas também há uma mãe sendo gerada. Esse é um momento único, e a mulher que percebe a riqueza das suas transformações estará mais conectada e harmonizada com seus pensamentos e emoções”, afirma Sâmara.

Bjs!!!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Aborto espontâneo: por que acontece?

Entenda as causas desse triste episódio, que acomete cerca de um terço das gestantes.





A pior notícia para quem está esperando a chegada da cegonha é saber que aquele embrião dentro da barriga não vingou e que, por algum motivo, foi expulso naturalmente pelo corpo. Aproximadamente 33% dos casais não conseguem manter uma gestação até o final. E, para entender por que o aborto espontâneo acontece, quando é possível engravidar novamente e como prevenir para não passar por isso, conversamos com a ginecologista e obstetra Daniela Maeyama, do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo.

Quais são as causas mais comuns dos abortos espontâneos?

O aborto pode acontecer por diferentes razões, mas as mais comuns são alterações cromossômicas e alterações genéticas que geram embriões malformados. Esses problemas são mais comuns em mulheres mais velhas, mas podem acontecer em qualquer idade.

Além dessas, existem outras causas, como alterações hormonais e doenças autoimunes.

Por que tanto se fala que o primeiro trimestre de gestação é o período mais crítico?

Porque é nos primeiros três meses de gravidez que acontece a maior parte dos abortamentos. O aborto pode ser precoce ou tardio. O precoce acontece até 12 semanas e é mais comum. Funciona como uma seleção natural, pois o corpo trata de rejeitar o embrião que não está bem formado. O aborto tardio pode acontecer entre 12 e 20 semanas de gestação, por algum acidente ou alteração hormonal.

Depois de passar por um aborto, quanto tempo a mulher precisa esperar para tentar engravidar novamente?

Depende. Se ela conseguiu eliminar sozinha, sem passar pela curetagem, é só esperar a menstruação vir normalmente e, no próximo ciclo, já pode tentar engravidar novamente. Agora, se a mulher foi submetida à curetagem ou outro procedimento cirúrgico, indicamos que espere, no mínimo, três meses até o corpo voltar ao normal.

Durante a gestação, todo o sangramento é preocupante?

Até a quinta semana de gestação, pode ocorrer um sangramento devido à implantação embrionária. Ele dura um ou dois dias e é considerado normal. Mas, em caso de qualquer sangramento, avise o seu médico, pois só ele poderá avaliar se existe motivo para preocupação.

Como prevenir para que isso não aconteça?

Não existe prevenção para alterações cromossômicas. No entanto, o que toda a mulher pode e deve fazer são exames de preconcepção para saber se tem alguma alteração genética ou doença autoimune. Além disso, deve tomar ácido fólico três meses antes de engravidar. 
 
Cuidem-se mulheres, para que não ocorra o aborto, façam os exames antes de engravidar!
Bjs!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mudança de Lei!

Caros Amigos,

Acabei de ler e assinar a petição online: «INICIATIVA POPULAR SOBRE CRIMES DE TRÂNSITO QUE ENVOLVA A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE»

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N15216

Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.

Não tenham medo de colocar seus dados pessoais pois não serão divulgados, são apenas para validação da petição.

Este caso foi mostrado pela Ana Maria Braga em seu programa na Rede Globo exibido hoje (19/10/2011).

Vamos coloborar e mudar esta lei!

Subscreve a petição e divulga-a pelos teus contactos.

Obrigado,

Raquel do Valle

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sorteio em comemoração dos 2 anos do blog "Casados para Sempre" em parceria com o blog "Estilo?Só quem tem! E você pode ter."

 O PRÊMIO:
Ensaio fotográfico com a fotógrafa Raquel Lopes, com 100 fotos em alta resolução em um DVD personalizado. As inscrições começam hoje e terminam dia 19/11 
QUANDO:
A data será definida em comum acordo e o ensaio deverá ser realizado de Novembro/2011 à Janeiro/2012.
LOCAL:
Jardim Botânico ou Bosque da Barra no Rio de Janeiro.
PARA CONCORRER:
Basta ser seguidor dos blogs: "Casados paraSempre" e "Estilo?Só quem tem!" 
E preencher o formulário AQUI
CHANCES EXTRAS:
Twitter: Seguir o Twitter da @GarotaVenenoBlg e Twittar a seguinte frase: "Só o blog Casados Para Sempre e a @GarotaVenenoBlg #sorteiam juntas um ensaio fotográfico com a fotógrafa #RaquelLopes http://migre.me/5XsN6"
Facebook: Curtir a página do Facebook da Raquel Lopes - Fotógrafa e o meu  Garota Veneno
Divulgar o sorteio: com o banner e link, ou apena com o link
RESULTADO:
Será divulgado no dia 20/11/2011 após às 18hs, enviaremos também um e-mail à vencedora do concurso que terá 48hs para entrar em contato conosco. Caso contrário será realizado um novo sorteio.
OBS: O sorteio será realizado para os residentes no Rio de Janeiro, mas se houver alguém com viagem agendada ao Rio de Janeiro no período de realização do ensaio e quiser participar. O mesmo fica ciente que custeará sua própria viajem, bem como alimentação.
 
Bjs À todos!

sábado, 15 de outubro de 2011

Livro ensina como amamentar.

A ajuda chegou em boa hora para as mamães de primeira viagem que ainda não pegaram o jeito, na hora de alimentar o recém-nascido. Confira as orientações:


Sucesso na amamentação

Um cantinho aconchegante, o bebê no colo e a nova mamãe senta para amamentar. Uma cena linda, mas nem sempre dar o peito é um processo tão natural. No início incomoda, é preciso ensinar o bebê a sugar direitinho e insistir até ficar confortável para os dois. Para ajudar os pais – sim, porque o pai também é fundamental - nessa empreitada, Grasielly Mariano, enfermeira do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Aleitamento Materno da Escola de Enfermagem da USP (NEPAL), em São Paulo, lançou o livro Socorro, eu não sei amamentar! (Editora Lexia). Confira a entrevista com a autora, cheia de dicas que vão ajuda-la – e muito!

Afinal, como amamentar?

A técnica para posicionar o bebê é simples e muito importante para que ele consiga retirar o leite da mama sem machucá-la. Sente-se de modo confortável, relaxada, com a coluna ereta e os pés apoiados em uma banqueta. O corpo do bebê deve estar totalmente voltado para o corpo da mãe, de modo que seja possível o encontro barriga com barriga. Atente para o pescoço do pequeno, que deve estar ligeiramente estendido para facilitar a pega. Segure a mama com os dedos em forma de “C” e não em forma de tesoura – este procedimento serve para direcionar a pega. Estimule o bebê a abrir bem a boca, passando o mamilo na região entre o nariz e o lábio superior. Quando for possível ver a boca do bebê bem aberta e com a língua abaixada, movimente-o em direção à mama para que ele possa abocanhar grande parte da aréola.

O que é o colostro e qual a importância dele?

O colostro é a primeira secreção que sai do seio da mulher e que é formado durante a gravidez. É um fluido acumulado nas células alveolares nos últimos meses de gestação e secretado nos primeiros dias pós-parto. Contém mais proteína, vitamina A e minerais, ao passo que apresenta menor quantidade de carboidrato do que o leite maduro. O colostro é um leite de muita importância e é capaz de alimentar um neonato até o momento em que se transformará em secreção láctea branca, fenômeno conhecido como apojadura láctea e que pode acontecer até o décimo dia pós-parto.

O que fazer quando amamentar dói?

As temidas rachaduras e fissuras são lesões que podem ter diversas causas, mas em sua grande maioria são ocasionadas pelo posicionamento e pega inadequados. Comece avaliando se está fazendo certo. O leite materno tem substâncias cicatrizantes e, por isso, deve ser passado no mamilo após as mamadas. Mantenha o mamilo seco a maior parte do tempo e não use cremes hidratantes, sabonete ou álcool na área afetada. Variar as posições também pode ajudar na cicatrização e alivia a dor.

Descobri que estou grávida. Posso continuar amamentando?

De modo geral, uma nova gravidez não é indicação para interromper o aleitamento materno, a não ser que a gestante tenha ameaças de entrar em trabalho de parto prematuro – a amamentação estimula um hormônio chamado ocitocina, que pode causar contrações no útero. Se sentir cólicas ou desconforto enquanto amamenta, converse com o seu médico.

Qual a importância do pai nesse momento? No que ele pode ajudar?

A figura paterna é de extrema relevância e tem sofrido modificações ao longo dos anos, uma vez que a gravidez e o nascimento do bebê deixaram de ser uma preocupação apenas da mulher e hoje são parte da experiência do casal. Os cuidados com o neonato agora são compartilhados. O vínculo entre a mãe e o bebê é fortemente reafirmado durante a prática de amamentação e o pai pode participar deste momento, oferecendo carinho e apoiando tanto a mãe quanto o bebê. Sua presença e seu toque são capazes de acalmar o pequeno e sua opinião favorável ao aleitamento materno é um fator muito positivo para o prolongamento da amamentação. O pai pode, ainda, se responsabilizar por algumas tarefas domésticas para que a mamãe consiga amamentar seu recém-nascido com tranquilidade e em regime de livre demanda. A mulher deve permitir, sempre que possível, que o pai ajude, colocando o bebê para arrotar, por exemplo, que é uma excelente oportunidade para fortalecimento dos laços entre pai e bebê.

Qual dica você daria para a mãe que está enfrentando dificuldades, mas não quer parar de amamentar?

Não espere muito tempo para procurar ajuda. Saiba que a amamentação deve ser uma prática prazerosa para mãe e bebê, sem dor, sem grandes problemas e, por isso, se a mamãe enfrenta alguma dificuldade, não deve demorar para consultar um profissional experiente. Não pare de amamentar sem tentar todas as possibilidades de solução para o seu caso. O seu bebê merece e tem o direito de ser amamentado.

Bjs à todos,


Raquel  do  Valle

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Visitas na maternidade: o jeito certo de se comportar!

O nascimento exige determinados protocolos que vão além das lembrancinhas e presentes. Bom senso e respeito são as palavras de ordem. Se você está prestes a ganhar um bebê, que tal enviar esta reportagem, “despretensiosamente”, aos seus amigos e familiares?




Seja breve! Essa é a recomendação mais básica para os visitantes. Vale lembrar que o bom senso prega não visitar nenhuma família de recém- nascido se estiver com febre, resfriado, doença respiratória ou contagiosa. E, acrescenta-se nesta listinha: não levar crianças menores agitadas, daquelas que correm e gritam pelos corredores da maternidade.

Bem, essas dicas soam óbvias demais, mas especialistas garantem que elas ainda são muito valiosas. Sim, há muitas pessoas que não se preocupam com o tempo de permanência e, na ânsia por conhecer o bebê, esquecem-se dos malefícios daquele resfriadinho, tão comum nos dias de hoje.

Num país como Brasil, onde tudo acaba em festa, o nascimento muitas vezes entra na tradição cultural para tudo começar, também, em uma grande festa. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de pensar em quem convidar, logo no pós-parto. Ser breve, por exemplo, pode ser impensável para amigos muito calorosos, alegres e acostumados aos velhos cafezinhos do interior, onde os filhos nasciam em casa.

A pediatra Clery Bernardi Gallacci, do Hospital e Maternidade Santa Joana, esclarece que ser breve significa ficar no máximo 15 minutos dentro da maternidade. E, detalhe, caso haja alguma intervenção da equipe médica, a orientação é se retirar do quarto. “Esse período é de recuperação do parto. Os informes médicos são importantes e a presença de uma visita pode dispersar a atenção da mãe. É preferível a pessoa se ausentar do quarto e, na saída do profissional, despedir-se da família”, recomenda Dra. Clery.

Preparando as visitas

É válido dedicar um tempinho para descobrir como a nova família deseja ser recebida. E, para os novos papais, mesmo que desejem festejar, vale pensar na seleção e quantidade dos convidados. Lembre-se: a maternidade é um lugar para a recuperação. Portanto, para poucos e com bom senso.

Pessoas com as quais a mãe tem mais intimidade e liberdade para dizer, por exemplo, que tem sono e precisa dormir são sempre bem-vindas à maternidade. Já colegas de trabalho e parentes mais distantes podem conhecer o bebê pela internet e visitar a família somente após o primeiro mês de rotina em casa, aconselha a doula Ana Paula Garbulho, que atende vários casais grávidos no curso de Cuidados com Bebê e Pós-parto, que ela ministra na cidade de São Paulo.

Ela conta que não conheceu nenhum casal que tivesse o desejo de receber todo mundo na maternidade. O desafio é sempre inverso: como comunicar à família, amigos e colegas que a mãe e o bebê precisam de repouso?

“Eu sempre jogo essa responsabilidade nas costas do pai, que geralmente entende seu papel de proteger a nova família dos parentes, amigos e colegas mais distantes ou inconvenientes”, responde Ana Paula. Já para aqueles mais incompreensivos, a doula indica usar a recomendação médica como justificativa para evitar a visita. “Ninguém vai ficar com raiva do médico”, brinca. Outra sugestão é enviar um email aos colegas de trabalho, amigos e parentes com a foto do bebê e um recadinho de que a família estará com as portas abertas para receber a todos, depois do primeiro mês de vida em casa.

Palpites e Amamentação

Prepare-se! As opiniões indesejadas virão de todos os lados. Mas, elas podem e precisam ser filtradas “Digo sempre que palpites não são pedidos, mas oferecidos de graça. É importante a mãe fazer uma seleção daquilo que lhe faz bem e descartar aquilo que lhe é destrutivo”, ensina a doula.

A pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana diz que parentes mais próximos, como mãe e sogra, devem esclarecer suas dúvidas ou sugestões com a equipe médica, no interior do quarto, na frente da família, antes de recomendar suas vivências. Ana Paula ressalta que uma boa maneira de ajudar é respeitar o aprendizado da nova mãe.

“Cada um tem seu momento de criar o filho e o aprendizado deve ser natural. Cada mulher precisa descobrir pela própria experiência qual vai ser o jeito de amamentar, trocar, brincar e me comunicar”, observa Ana Paula.

A amamentação é um dos alvos prediletos das visitas palpiteiras. O que pode ser muito bom para mãe e o bebê, se elas souberem dar apoio. Lígia Moreiras Senas, doutoranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que palavras de incentivo, amorosas e muita paciência são atitudes que contribuem muito, na hora da amamentação. “É bom ressaltar, também, que uma mãe precisa de exemplos. Não vai ajudar em nada o palpite de uma pessoa que não amamentou seus filhos e se vangloria de que eles sobreviveram”, exemplifica Ligia.

10 Regrinhas básicas para visitas na maternidade

1-Não vá à maternidade se estiver resfriado, com febre, doenças respiratórias ou contagiosas. Não visite o bebê, enquanto não estiver são.

2- Pergunte ao casal quando e onde eles preferem receber sua visita.

3- Seja breve. Não ultrapasse 15 minutos na maternidade e visite a família em casa somente após primeiro mês de vida por, no máximo, meia hora.

4- Antes de comprar flores, verifique com pai se a mãe gosta de recebê-las ou se há alguma contraindicação médica na maternidade.

5- Não leve crianças muito agitadas, que correm e gritam pelos corredores.

6- Não dê palpites sobre o jeito certo de criar o recém-nascido. Suas palavras de incentivo devem contribuir para mãe descobrir um jeito próprio de criar o filho.

7- Visitas íntimas, como mãe e sogra, devem dar suas sugestões ou esclarecer dúvidas diante da equipe médica.

8-Lave as mãos ou passe álcool com gel na hora em que entrar no quarto da. Resista à tentação de pegar o bebê no colo.

9- Retire-se do quarto, caso haja uma intervenção da equipe médica.

10 – Tire foto somente com a permissão dos pais. 
 
Bjs à todos,
Raquel  do  Valle