quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Higiene da mamadeira.

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Com o sistema imunológico ainda em formação, os bebês são vulneráveis a doenças provocadas por bactérias, nos primeiros meses de vida. Por essa razão, todo o cuidado é pouco com a limpeza de seus utensílios

Como manter a mamadeira livre dos germes

“A higienização da mamadeira é essencial para a saúde do bebê, porque os resíduos de leite são um prato cheio para bactérias que causam enfermidades.” O alerta é da pediatra Sandra de Oliveira Campos, professora de infectologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo. Ela ressalta que a mamadeira deve ser manuseada e esterelizada adequadamente, para que não promova problemas. Mas, vale ressaltar que a prevenção deve começar com o asseio da mamãe, no momento da preparação do alimento, lavando bem as mãos.

A pediatra lista cinco dicas simples para realizar a limpeza:

  • - Lave a mamadeira (garrafa e bico) com água e detergente neutro, utilizando uma escovinha própria para o procedimento ou chacoalhando o utensílio com a solução;

  • -Enxágue bem até todo o sabão ser eliminado;

  • -Coloque o utensílio em uma panela com água fervente por cerca de três a cinco minutos (a panela deve ser utilizada somente para este fim) ou recorra a esterilizadores próprios para o procedimento;

  • -Retire a mamadeira com uma pinça de cozinha e coloque-a para secar, de boca para baixo, em um papel toalha ou em um pano limpo;

  • -Quando estiver completamente seca, armazene o utensílio em um ambiente seco ou na geladeira, em recipiente fechado.

  • Nunca prepare o leite para uma segunda mamada sem higienizar a mamadeira. “Ao ser utilizado uma vez, o utensílio já foi à boca do bebê e exposto às bactérias”, avisa a pediatra . “Providencie uma segunda mamadeira, um recipiente com água e leite em pó, para quando for sair de casa. Isso facilita o preparo e garantir que um alimento seguro e saudável”, orienta. 

As bactérias
Alguns dos micro-organismos que agridem o organismo dos bebês são provenientes do próprio leite pasteurizado, dos utensílios contaminados ou até de mãos mal lavadas. De acordo com o microbiologista de alimentos Êneo Alves, diretor da Central de Diagnósticos Laboratoriais, em São Paulo, essas bactérias pertencem ao grupo dos coliformes fecais e totais que, em grandes concentrações, causam diarreia, febre, desidratação, fezes com sangue, e, em casos extremos, podem levar o bebê à morte, devido à fragilidade do organismo nessa fase da vida.

Mas não há motivo para pânico. O especialista explica que, em pequena quantidade, essas bactérias são inofensivas à saúde. “O grande problema é a multiplicação em ambientes favoráveis, como em alimentos não refrigerados e utensílios não esterilizados ou desgastados”, alerta.

Hora de trocar a mamadeira
De acordo com a especialista em saúde materno-infantil Ana Cristina Ribeiro Zollner, do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo, as mães precisam ficar atentas a alguns indícios de que chegou o momento de aposentar o utensílio e providenciar um novo. Observe as seguintes características:

No bico:
  • A descoloração pode ser sinal de que ele está se deteriorando;

  • Ao esticar a parte de cima do bico, ele deve retornar à posição original. Caso contrário, é sinal de que ele está afinando e não é mais apropriado para o uso;

  •  Quando adquire uma textura pegajosa, significa que está em processo de degradação e deve ser inutilizado.

  •  Rasgos e rachaduras podem elevar o risco de engasgos.

Na garrafa:
  •  Rachaduras podem facilitar o acúmulo de resíduos e favorecer a proliferação de bactérias;

  • Plástico danificado representa risco de ferimentos no bebê.
Bjs à todos!

sábado, 12 de novembro de 2011

Peso na medida durante a gravidez.

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Aproveitar para comer à vontade ou passar os nove meses contando calorias, na tentativa de engordar o mínimo? Não se perca nesse dilema. Veja como traçar o caminho do meio e ganhar apenas os quilos necessários

"Eu engordei demais"
O caso de Aline, 27 anos:
Peso antes do parto: 58 kg
Peso no final da gravidez: 78 kg
Peso atual: 68 kg

"Quase não tive enjoo. Em compensação, vivia com fome. Sou naturalmente comilona e achava normal fazer refeições fartas e beliscar a todo momento. No fundo, acreditava que, se comesse bastante, o bebê cresceria melhor e eu perderia todo o peso extra, rapidamente, depois do parto. Afinal, nunca tinha sofrido com essa questão de peso. Para piorar, não sentia disposição para me exercitar. Aproveitava todo tempo livre para descansar, o que ajudou a fazer o ponteiro da balança disparar. No começo, ganhei quase 3 quilos por mês e, em toda consulta, tomava bronca do médico. Mas, na minha cabeça, a quantidade que eu comia não era suficiente para explicar aquele aumento de peso absurdo. No último trimestre, tentei fechar a boca – mesmo assim, terminei a gestação com 20 quilos a mais. Por sorte, o bebê não teve complicações, e o parto correu bem e no tempo certo. Mas, eu sofri as consequências e senti na pele, literalmente, os danos do excesso. Apareceram várias estrias. Quase um ano depois, continuo 10 quilos mais pesada do que antes de engravidar. Meu peso estacionou e não consigo sair desse estágio. Se fosse hoje, teria cuidado melhor da alimentação".  Aline Ranelli,designer, mãe de Pedro, 11 meses, de São Paulo.

"Eu ganhei pouco peso"
O caso de Sandra, 30 anos
Peso antes do parto: 57 kg
Peso no final da gravidez: 64 kg
Peso atual: 54 kg

"Sempre fui magra e tenho dificuldade para engordar. Na gravidez, não foi diferente. Mantive a alimentação regrada de sempre, mas me vigiava para comer de três em três horas.Também me disciplinei para evitar besteiras e aumentar o consumo de frutas e verduras. Então, por mais que eu comesse, continuava na linha. Os enjoos também contribuíram para o pouco ganho de peso. Até a 16a semana, vomitei o tempo inteiro e não engordei nenhum grama. Depois, a balança começou a avançar, mas nunca além de 2 quilos por mês. Assim, cheguei ao final da gestação com apenas 7 quilos extras. As pessoas próximas insistiam para eu comer mais, mas esses conselhos não me influenciavam. Sabia que não estava fazendo nada de errado, apenas privilegiando a qualidade à quantidade. Nas consultas de pré-natal, eu e meu médico conversávamos muito sobre alimentação, mas ele nunca me fez nenhuma recomendação especial, porque acompanhávamos o crescimento do bebê pelo ultrassom e estava tudo bem. Tanto que a Lorena nasceu com 2,9 quilos e no tempo previsto. Em uma semana, perdi praticamente tudo o que tinha engordado e hoje estou mais magra do que antes". Sandra Rosa Cunha,advogada, mãe de Lorena, 3 meses, de São Paulo.

Questões de peso
E você? Será que está engordando na quantidade e na velocidade que deveria? Antes de colocar a próxima colherada de pudim na boca ou de pedir um almoço só de alface, confira as respostas dos nossos especialistas

Qual é o ganho ideal até o final da gestação? “Depende do índice de massa corporal (IMC) da mulher, antes de engravidar”, diz o obstetra Julio Bernardi, do Grupo Santa Joana, em São Paulo. Para cada IMC, existe um ganho ideal, de acordo com uma tabela adotada pelos médicos brasileiros. Calcule esse índice, dividindo seu peso pré-gestação por sua altura ao quadrado. Depois, veja quanto deve engordar nos nove meses:

  •  Gestante de baixo peso, com IMC menor do que 18,5: ganho de 12,5 a 18 quilos.
  •  Gestante de peso normal, com IMC entre 18,6 e 24,9: ganho de 11,5 a 16 quilos.
  •  Gestante com sobrepeso, com IMC entre 25 e 29,9: ganho de 7 a 11 quilos.
  •  Gestante obesa, com IMC maior do que 30: ganho de 5 a 9 quilos.

Quanto é preciso comer?
Definitivamente, não precisa se alimentar por dois. Mulheres saudáveis e com IMC na faixa considerada normal devem ingerir entre 2 mil e 2,5 mil calorias ao dia. “A partir do terceiro trimestre, quando o ganho de peso do bebê é maior, recomenda-se adicionar 300 calorias diárias”, afirma o ginecologista e obstetra Leonardo Valladão de Freitas,da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Esse aumento, porém, não justifica excessos à mesa e se resolve com um lanchinho extra. Anote as opções sugeridas pela nutricionista Elaine de Pádua, da equipe de pré-natal do departamento de obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo:

• 2 fatias de pão integral + 2 colheres (sopa) de patê de sardinha
• 1 fatia de bolo integral de frutas + 1 copo (250 mililitros) de suco de melão sem açúcar
• 1 taça de salada de frutas+ 1 colher (sopa) de semente de linhaça.

Quando devo ganhar os quilos extras?
Segundo Bernardi, a conta para mulheres na faixa de peso normal é 400 gramas a mais nas dez primeiras semanas + 3,6 quilos até a 20a semana + 4 quilos até a 30a; e os outros 4 quilos que faltam para totalizar 12, até o final da gestação. Mas, isso é apenas uma referência. Quem vai avaliar se o ganho de peso foi excessivo ou insuficiente a cada período é o obstetra. “Só com base em dados objetivos, como a saúde da mãe e o crescimentodo bebê, é possível dizer se a dieta está adequada ou não. Além de quanto se come, importa a qualidade das refeições”, completa o ginecologista e obstetra Flavio Garcia de Oliveira, autor do livro Receitas para Grávidas (Ideia & Ação) e diretor da Clínica FGO, em São Paulo. Faz diferença engordar tudo em um período concentrado? Faz. “O ganho de peso gradual é a melhor garantia de que o bebê estará adequadamente nutrido, em todas as etapas do desenvolvimento. Há vantagens também para a mulher, pois o corpo tem tempo de se adaptar às mudanças. Até o fator estético é favorecido, já que engordar demais em um curto período aumenta o risco de estrias”, diz Oliveira.

Por que é perigoso engordar demais?
O ganho excessivo de peso está ligado à maior probabilidade de doenças graves, como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. “Há perigo também de que o bebê fique muito grande – acima de 4 quilos. Nessas circunstâncias, o parto normal torna-se inviável e pode causar traumatismos à mulher, devido à desproporção entre o bebê e a bacia dela”, avisa Freitas. Outra complicação é a sobrecarga das articulações de coluna, quadris, joelhos e tornozelos, que causa dores fortes e se agrava conforme a gravidez avança. As dificuldades continuam após o nascimento. “Será bem mais difícil voltar ao peso inicial”, lembra o nutrólogo Maximo Asinelli, de Curitiba. Sem falar nas consequências negativas para seu filho. “Crianças com mães obesas ou que ganharam muito peso na gestação são mais propensas a se tornarem obesas e sofrer de males como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares”, alerta Oliveira.

Se eu fechar a boca, o que pode acontecer?
Fazer loucuras como restringir a dieta a alimentos paupérrimos em calorias ou dobrar o treino na academia para impedir que a balança avance é sinônimo de risco para você e seu bebê. De fato, é possível que você chegue ao fim dos nove meses sem gordurinhas acumuladas. Em compensação, poderá estar com a imunidade debilitada, músculos flácidos, ossos, cabelos e unhas enfraquecidos e, talvez, incapacitada de passar por um parto normal e de amamentar. Também o bebê fica exposto a prejuízos. Na gestação, ele cresce muito em um curto período e precisa da energia e dos nutrientes fornecidos pelo organismo materno.“Se esse fornecimento falha, o bebê não alcança um bom peso gestacional e corre mais riscos de nascer prematuramente e de desenvolver problemas neurológicos e cardiovasculares”, explica Oliveira. O bebê não compensa o baixo peso nos primeiros meses de vida? “Não. A nutrição deficiente na gestação aumenta os riscos de anemia e infecções na infância, gera restrições de peso e de altura e afeta odesenvolvimento cognitivo, levando a problemas de aprendizado e déficit de atenção”, avisa Freitas.

Cuidem-se!!! Bjs!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ajude seu filho a parar de roer as unhas.

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O mau hábito traz prejuízos à saúde e afeta as relações sociais da criança. Conheça as principais causas e contribua para que seu filho se livre do problema

1. O que provoca o mau hábito
Acredita-se que a oncofagia, como é chamado pelos médicos o hábito de roer unhas, atinge um terço das crianças e quase metade dos adolescentes, em diferentes graus. “Por trás do costume, há uma série de fatores, como ansiedade, impulsividade, a imitação de outro membro da família e, talvez, características hereditárias”, explica Arthur Kummer,  psiquiatra da infância e da adolescência e professor do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Trata-se de um hábito relacionado à ansiedade e insegurança, observado a partir de 3 anos de idade. Os pequenos costumam levar à boca  tanto as unhas das mãos como dos pés”, complementa Saul Cypel, pediatra e professor de Neurologia Infantil da Universidade de São Paulo. O comportamento é, possivelmente, influenciado pelo estado emocional, exacerbando-se quando a criança está sob estresse.

2. Principais consequências
As unhas não raro ficam deformadas e os dedos se tornam muito sensíveis à dor, além de serem uma porta de entrada para infecções bacterianas e virais. “Infecções respiratórias e gastrointestinais provocadas por  micro-organismos, como bactérias presentes nas mãos, também são comuns”, afirma Cypel. Sem contar que roer unhas está relacionado a problemas dentários, como lesão gengival e má oclusão dos dentes anteriores. A criança também pode ter problemas de estômago, por ingerir as unhas roídas.“Como se não bastassem as conseqüências físicas, o hábito pode trazer repercussões psicológicas e sociais, já que as crianças e adolescentes podem se envergonhar das unhas roídas, apresentar baixa autoestima e evitar contato com outras pessoas”, explica Arthur Kummer.

3. Não castigue
 Cypel afirma que “os principais erros acontecem quando os pais decidem acabar com o comportamento drasticamente, com uma probição enérgica, limitações de uso de brinquedos, ou aplicação de substâncias nas unhas, para provocar ardor na boca ao serem ingeridas. Punições severas, ridicularizações e humilhações além de não ajudarem, trazem consequências graves e podem, inclusive, agravar o problema.       

4. Não brigue na frente dos amigos
Roer unhas pode expressar situações de timidez ou  tensão e dificuldades.  “Expor essas dificuldades pode aumentar ainda mais a ansiedade da criança, o que pode levá-la a exarcebar esse sintoma”, explica Maria Cristina Senna Duarte, mestre em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Fernandes Figueira, em São Paulo.

5. Converse com seu filho
A partir dos 3 anos de idade, a criança já tem maturidade para entender uma conversa. Por isso, fale dos prejuízos que o costume traz e da importância de parar de roer as unhas. Demonstre boa vontade em ajudá-la a superar o problema e evite ameaças.

6. Deixe as unhas bonitas
Cuidados estéticos e de higiene são fundamentais. Especialmente para as meninas, uma unha bem cuidada e pintada pode promover efeito inibidor do vício.

7. Elogie ao invés de criticar
Crianças tendem a responder mais favoravelmente a estímulos para bons comportamentos, como elogios, do que a punições para atitudes negativas, como críticas pesadas ou agressões. Desse modo, ao invés de ficar lembrando seu filho de não roer as unhas, pode ser mais interessante elogiá-lo pela postura proativa, por conseguir diminuir a frequência do hábito e por estar com as mãos bonitas.

8. Valorize as pequenas conquistas
Os pais também podem estabelecer um calendário para recompensas . Um exemplo: a criança recebe uma estrelinha por cada dia sem roer a unha. Ao final da semana, recebe um prêmio, como o um lanche  preferido ou um passeio divertido.

9. Observe as recaídas
Preste atenção aos possíveis gatilhos, como situações estressantes. “É importante que os pais considerem o contexto e verifiquem se algo atípico na dinâmica familiar  possa estar correlacionado à insegurança de seu filho”, afirma Cypel. Ao reconhecer as causas, fica mais fácil superá-las. Se a criança sabe em que momentos o vício se manifesta mais intensamente, ela adquire maior domínio sobre o hábito e mais facilidade para interrompê-lo.

10. Faça programas somente com seu filho
Introduzir atividades individualizadas com seu filho, como passeios, leituras e jogos de mesa é uma maneira de ocupá-lo, distraindo-o do vício, além de proporcionar aconchego e vínculo, o que pode anular algumas causas do mau hábito.

11. Desvie a atenção da criança
Em vez de  focar a atenção no problema, procure distrair a criança com outras atividades.  Maria Cristina Senna Duarte sugere que os pais “ofereçam massinhas para brincadeiras de modelagem, desenhos ou pinturas. Os trabalhos manuais ocupam as mãos e têm ação terapêutica”.

12. Procure um especialista
Se o comportamento persistir, uma ajuda especializada pode ser necessária. Técnicas mais complexas, como a terapia de reversão de hábitos, podem ser trabalhadas. “Os pais devem procurar um atendimento psicoterápico, principalmente, se o vício estiver associado a outras alterações comportamentais, como agressividade, impulsividade, impaciência e inquietude”, finaliza Cypel.

Bjs à todas!!!