quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Presença de acompanhante durante o parto agora é lei em Niterói

Lei garante às gestantes a presença de um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato nas Unidades de Saúde Municipais e Particulares. As futuras mamães de Niterói, agora, têm garantido por lei a presença de um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato nas Unidades de Saúde Municipais e Particulares. Ontem, a Câmara de Vereadores de Niterói derrubou o veto do executivo e transformou em lei o projeto n° 036/2011 de autoria do vereador Waldeck Carneiro.

O texto é uma reedição do projeto de lei n° 164/2009 apresentado pelo deputado Felipe Peixoto quando foi vereador da cidade. Na época, a proposição também foi vetada pelo executivo.

“A gestação é um período em que a mulher encontra-se fragilizada emocionalmente. Eu, por exemplo, participei do parto das minhas duas filhas e percebi como a presença de um acompanhante ajuda a gestante a ter tranquilidade e segurança nesse momento tão especial”, explica o deputado.

Pela a lei, as unidades de saúde pública e particular de Niterói ficam obrigadas a permitir a presença de um acompanhante da escolha da parturiente durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

Fiquem atentas e façam valer seus direitos!!!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

chupeta

Eles oferecem o apoio emocional de que a criança precisa e até substituem o colo da mãe. Saiba até quando esses objetos devem fazer parte da vida do pequeno e aprenda a tirá-los de cena sem traumas
Se está com sono, Yasmin, 18 meses, pede a chupeta. Quando fica ansiosa porque precisa ir para a escola ou se o irmão menor, Vinícius, 5 meses, ganha mais atenção, o bico de borracha entra novamente em cena. Todo esse apego deixa a mãe, a publicitária paulistana Raquel Silveira, 36 anos, preocupada. “Sempre questionei a necessidade desse acessório, principalmente depois que minha filha cresceu e soube que nem todas as crianças da classe dela usam”, conta. No meio do ano, Raquel re solveu esconder a chupeta para tirá-la da vida da filha de uma vez por todas, com a ideia de deixá-la mais independente. O tiro saiu pela culatra. “Percebi que, sem ela, Yasmin fica muito mais insegura e manhosa. Funciona como um apoio”, afirma a mãe.

Casos como o de Raquel são comuns, pois as mães ficam apreensivas ao notar que o filho criou uma relação de dependência com um objeto. O problema é que, na afobação de reverter o quadro, acabam tomando medidas que até prejudicam o desenvolvimento do pequeno. “A ansiedade dos pais interfere no equilíbrio emocional dos filhos, especialmente dos bebês. A família precisa entender e aceitar que é normal e saudável a ligação do bebê com um objeto externo ou mesmo com uma parte do próprio corpo. Ela acontece por uma necessidade da criança e independe da vontade dos adultos”, diz a psicóloga Cynthia Boscovich, de São Paulo.

A professora de dança Sonia Asensio, de São Paulo, sabe quanto isso é verdadeiro. Sua filha, Valentina, 18 meses, nunca deu bola para chupeta nem se apegou a um brinquedo específico. Mas, ao completar o primeiro ano, quando a mãe iniciou o desmame, começou a se ligar ao paninho que cobria a poltrona de amamentação. “Todos os dias, ela o pega, passa no rosto como se estivesse se acariciando e até dorme com ele”, conta a mãe. Ela liberou o objeto para a filha sem pensar duas vezes, pois concluiu que, pelo menos por enquanto, ele está ajudando no processo de retirada do peito.

Descubra o momento ideal

Mas até quando vai essa ligação? “A partir do segundo ano, muitas crianças desistem naturalmente desses apegos”, afirma Cynthia. Os sinais são redução no uso e desinteresse pelo objeto. “Nessa fase, o bebê está mais maduro e já consegue expressar suas carências de outras maneiras, comunicando-as em palavras, por exemplo”, explica a psicóloga Isabel Khan, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos sobre o Bebê.

É também nessa idade que a maioria das crianças amplia o círculo de convivência e nota se os amiguinhos e pessoas à sua volta começam a estranhar o fato de ela ainda usar chupeta ou andar com um paninho a tiracolo. Isso faz com que ela tome a iniciativa de deixálos de lado. “A chupeta é o que mais preocupa, pois, a partir do segundo ano, torna-se prejudicial à formação da face, à respiração, à dentição e à fala”, alerta a pediatra Raquel Quiles, médica assistente do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. Mesmo assim, emocionalmente, não dá para suprimi-la da vida do pequeno de uma hora para outra. E lembre: nunca faça essa retirada em momentos de instabilidade da criança ou da família, como a chegada de um irmão, a entrada na escola, uma mudança de casa, a morte de alguém querido ou conflito entre os pais.

Desse jeito, não!

Mesmo que seu filho tenha dado sinais de que não quer mais a chupeta ou o paninho, é preciso conduzir a transição com bom senso. “É errado, por exemplo, começar a chamar a chupeta de ‘caca’, se até recentemente ela era oferecida o tempo todo pelos próprios pais”, avisa Raquel. Esse desligamento deve ser gradual. Do contrário, gera muita ansiedade, pois o bebê de repente vai se sentir privado do único recurso que conhece para se acalmar. “Além disso, se ele não estiver realmente pronto para ficar sem aquele item que oferecia segurança, a tendência é que eleja outro objeto para transferir seu apego”, alerta Cynthia. Propor trocas e oferecer recompensas pelo eleito do seu filho também não funciona. Ricardo, 2 anos, é um exemplo disso. “No Natal passado, combinamos que eu daria um brinquedo a ele se jogasse a chupeta fora”, conta a mãe, a farmacêutica carioca Fernanda Mesquita, 32 anos. “No dia 25, pusemos o acordo em prática e, para sacramentá-lo, meu marido descartou a chupeta junto com ele”, lembra. “Foi uma festa, mas, quando chegou a hora de dormir, precisei pegar o carro e correr para uma farmácia 24 horas. Até hoje o bico de borracha é o amigo inseparável de Ricardo”, diz Fernanda.

A receita que dá certo

Para evitar cenas como essa, faça a retirada gradativamente. “Se o filho deixa o paninho de lado na hora de dormir, a mãe deve elogiá-lo e premiá-lo com uma de monstração qualquer de afeto”, ensina a psicóloga Cecília Zylberstajn, de São Paulo. A compensação é uma linguagem que o pequeno entende e o ajuda a sentir-se seguro. “O desafio não é retirar o objeto, mas fazer com que a criança não precise dele”, afirma ela. Funciona também usar brincadeiras para mudar o foco do pequeno. Por exemplo, se com 2 anos ele ainda toma mamadeira antes de dormir, que tal servir dois copos de leite, um para você e outro para ele, e apostar quem fica com o maior bigode de espuminha?

A economista Paula Soares, 30 anos, de São Paulo, ficou atenta ao desenvolvimento emocional da filha, Clara, 2 anos, antes de guardar a gatinha de pelúcia que a menina sempre tinha nos braços. “Até 18 meses, qualquer coisa era razão para ela agarrar o brinquedo. Aí a Clara entrou na escolinha e, depois de seis meses, percebi que ela estava empolgada com o novo ambiente e os amigos”, conta. Foi en tão que Paula e o marido começaram a desviar a atenção de Clara para outras coisas. “Quando ela pedia o brinquedo, eu falava da escola e, aos poucos, minha pequena abandonou o bichinho.” O momento de Clara tinha chegado e tudo fluiu normalmente... como tem que ser para o filho se sentir seguro e amado.

Comemore os avanços, mas resista à tentação de se desfazer de imediato da chupeta ou do paninho esgarçado ao qual seu filho se ligou. Mesmo que ele passe um adeus, chupeta e paninho! bom período sem pedi-los, guarde-os fora de vista por dois ou três meses. Em situações que causam angústia ou quando não está suficientemente maduro para se despedir desses objetos, pode acontecer de o bebê voltar a solicitá-los depois de um tempo. Significa que eles ainda são uma fonte de segurança importante para ele.

Se você não consegue consolar o pequeno de outra maneira, restitua o eleito e prepare-se para tentar novamente dentro de alguns meses. Mas cuidado: nada de tomar você a iniciativa de oferecer a chupeta de volta em um momento em que a criança esteja chorosa ou insegura. “Não dá para transformar o objeto em uma saída fácil para fazer o bebê ficar quieto. Se o filho choraminga porque quer atenção, o ideal é conversar com ele, tentar descobrir o que o incomoda e dar o carinho de que ele necessita”, ensina Isabel.

Sinais de alerta
Em qualquer situação, ficar de olho nos sinais que o filho emite é o único jeito de saber se o objeto está cumprindo um papel positivo no desenvolvimento dele ou se é indício de alguma dificuldade. “Um bebê que lança mão deles o tempo inteiro, mesmo em um momento descontraído, como quando está brincando, provavelmente sente-se inseguro”, aponta Isabel. Embora não exista uma idade certa ou errada para tirar esses objetos queridos de circulação – cada pequeno tem o próprio ritmo –, demoras excessivas são preocupantes. “Uma criança com mais de 5 anos que ainda não conseguiu se desfazer da chupeta ou do paninho pode estar com algum problema mais sério, com ela ou com o ambiente”, diz Isabel. Nesses casos, um psicólogo infantil pode ajudar.

Para ajudar na despedida
O livro Tchau Chupeta (LeYa Brasil), lançado no Dia das Crianças, é mais uma criação do projeto Pequeno Cidadão. Ele foi inspirado na música que Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto fizeram para incentivar as crianças a largar a chupeta. Custa 29,90 reais.

Bjs!!!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bem-estar e saúde no pós-parto




saude-pos-parto

Verdade: gravidez não é doença. Mas traz tantas modificações para o organismo que algum efeito indesejado pode surgir. Conheça os mais comuns e como tratá-los

A maratona de cuidar do filhote não deve ser motivo para você deixar a saúde de lado. “Depois do parto, toda mulher deve passar, no mínimo, por duas avaliações com o obstetra: entre o sétimo e o décimo dia após a saída da maternidade e 40 dias mais tarde”, lembra o médico Eduardo Souza, coordenador científico de ginecologia e obstetrícia do Hospital São Luiz – Anália Franco, em São Paulo.

Nessas consultas, o médico vai procurar sinais de infecção, avaliar como seu organismo está se readaptando, se é hora de retomar a vida sexual e quais os contraceptivos mais indicados. Aproveite para comentar sobre eventuais desconfortos. Eles podem ser o primeiro indício de distúrbios e, quanto antes forem diagnosticados, mais rapidamente serão curados.“Quem teve problemas como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional precisa de atenção especial. Embora desapareçam com o parto, esses distúrbios podem deixar sequelas, como o risco aumentado de desenvolver diabetes no futuro ou lesões imperceptíveis em rins e olhos, devido à elevação de pressão”, alerta o obstetra Roberto A.D. Cardoso, chefe do setor de medicina fetal do Femme Laboratório da Mulher, em São Paulo.

Uma tristeza sem fim
Choro fácil, apatia, ansiedade, medo e aversão ao bebê podem ser sintomas de depressão pós-parto

Quem corre mais riscos
Mulheres que já sofriam de depressão estão mais sujeitas. Mas não precisa se preocupar se você anda meio manteiga derretida desde que seu filho nasceu. De acordo com Souza, de 20% a 30% das mulheres passam por um período de melancolia depois de dar à luz. “É o baby blues, quadro passageiro que tem como causas a insegurança por não saber cuidar do bebê, as mudanças da rotina e a aflição de voltar logo à forma antiga”, diz o médico.

O que fazer
A depressão tem que ser tratada por psiquiatra e, na maioria das vezes, exige o uso de antidepressivos. Não esconda os sintomas do seu médico e comente com ele qualquer alteração de humor.

Ai, minhas costas!
Dores agudas na coluna e dificuldade de encontrar posição para dormir alertam para lombalgia.

 Quem corre mais riscos
Você se torna candidata ao problema quando engorda demais na gravidez, já sofre de desvios de coluna ou adota posturas incorretas para sentar, amamentar, dormir e abaixar. A lombalgia atinge quase 80% das grávidas e persiste em 5% delas após o parto. Ela se instala porque o peso da barriga altera o eixo de gravidade do corpo. “Para manter o equilíbrio, a grávida projeta o abdome para a frente e anda com as pernas abertas. Quem engorda demais e tem pouco condicionamento físico tende a conservar essa postura mesmo após dar à luz”, explica o ortopedista Cristiano M. Menezes, de Belo Horizonte.

O que fazer
Além de perder peso, é preciso fortalecer o abdome e reeducar a postura. Um ortopedista pode indicar a melhor técnica – fisioterapia, hidroterapia, pilates e reeducação postural são algumas alternativas.“Usar almofadas próprias para apoiar o bebê ao amamentar e evitar segurá-lo na mesma posição por muito tempo são formas de não agravar a lombalgia”, garante a fisioterapeuta Deise Andriotti Bertante, da clínica Acquaterapia, em São Paulo.

Algo estranho nas mãos
Se você sente formigamento, alterações de sensibilidade ou dores fortes em mãos, pulsos e braços, fique alerta para a síndrome do túnel do carpo.

Quem corre mais riscos
O excesso de peso aumenta a predisposição ao problema, assim como doenças anteriores nas articulações e tendência a edemas.“O túnel do carpo fica na altura do pulso e abriga vários nervos e tendões do antebraço e das mãos, que acabam comprimidos pelo excesso de líquido em circulação na gravidez. É isso que causa as dores”, explica Menezes. Outro agravante é o hormônio relaxina, que aumenta o relaxamento da pelve na hora do parto, mas deixa as articulações mais frouxas e instáveis.

O que fazer
Tudo voltará ao normal quando seu corpo se livrar do excesso de líquido. Até lá, porém,evite segurar peso e aplique compressas geladas para aliviar a dor. “Drenagem linfática, massagens e exercícios leves ajudam”, ensina Souza. Se o desconforto for demais, o ortopedista tem que entrar em cena.

Menos prazer ao transar
A dificuldade para contrair a musculatura da vagina pode ser sinal de afrouxamento do períneo.

 Quem corre mais riscos
Mulheres que já tiveram três ou mais filhos de parto normal ou que precisaram fazer esforço excessivo para expulsar o bebê. “São casos raros. Estudos mostram que 80% das mulheres que se queixam de diminuição do prazer viviam crise de relacionamento antes do parto”, diz Cardoso.

O que fazer
A cirurgia corretiva não funciona e deve ser evitada. “Os exercícios de fortalecimento do períneo são a melhor alternativa”, garante Souza.

Quando tiver filho, sara ...
Há uma crença de que muitas doenças femininas se curam após a gravidez. É daí que vem a expressão: “Quando tiver filho, sara”. Na opinião do ginecologista Eduardo Souza, do Hospital São luiz – Anália Franco, em São Paulo, porém, trata-se de lenda urbana. “O que pode melhorar, de fato, são as cólicas menstruais nas mulheres que fazem parto normal”, diz ele. Isso porque as dores são mais frequentes em quem tem o colo do útero muito fechado, o que dificulta a passagem do fluxo menstrual. “Com o parto normal, ele se alarga e a cólica tende a diminuir.” Ao suspender a menstruação, a gravidez e a amamentação também são tratamentos naturais para a endometriose. Mas o problema tende a voltar após alguns meses.

Intestino preso e dor
Prisão de ventre e dor ou sangramento ao evacuar? Pode desconfiar de hemorroidas.

Quem corre mais riscos
Você é super sedentária, torce o nariz para hortaliças e cereais, quase não bebe água, vive constipada e tem casos de hemorroidas na família? Se respondeu sim para mais de uma dessas características, considere-se candidata. “Os hormônios da gravidez diminuem o ritmo intestinal, inclusive por algum tempo após o parto. E o esforço para evacuar causa dilatação das veias do ânus e do reto, acompanhada de inflamação e hemorragia, as hemorroidas”, explica o ginecologista Luiz Fernando Dale, do Rio de Janeiro.

O que fazer
O tratamento inclui de compressas e medicação local até cirurgia. Mas é fundamental modificar os hábitos alimentares. Beba de 2,5 a 3 litros de água por dia e coma frutas, verduras cruas e grãos integrais. “Em alguns casos, é preciso suplementação de fibras e reeducação intestinal”, diz a endocrinologista Elizangela Valente, do Rio de Janeiro.

Pernas menos lisinhas
Inchaço e fadiga em pernas e pés, além de vasinhos mais ou menos salientes, são sinais de varizes.

Quem corre mais riscos
“O problema tem forte componente genético e a probabilidade aumenta a cada gestação, principalmente quando a mulher é sedentária ou engorda demais”, afirma o cirurgião vascular Zaluar Delboni, do Rio de Janeiro. As mudanças hormonais e o aumento de líquidos alteram a pressão vascular, desencadeando as varizes. “Depois do nascimento do bebê, a causa pode ser a entrada, na circulação, do sangue que estava acumulado no útero”, diz Souza. O fato é que elas atormentam 70% das grávidas e tendem a aparecer depois do parto em 30% das mulheres.

O que fazer
Converse com o obstetra ao identificar varizes de qualquer calibre, pois, às vezes, elas evoluem para trombose. Conforme a gravidade, o médico irá recomendar cirurgia ou tratamentos locais com laser ou medicamentos (escleroterapia). Quadros leves podem ser mantidos estáveis com exercícios moderados, como caminhadas e controle de peso.

Moleeeza (ou agito extra)
Cansaço, sonolência, irritação, unhas fracas, desânimo, prisão de ventre, intolerância ao frio, pele seca e ganho de peso. Ou, inversamente, agitação, emagrecimento súbito e insônia são sinais de tireoidite pós-parto.

Quem corre mais riscos
Mulheres que têm casos de tireoidite na família ou disfunções da tireoide antes da gravidez. Na gestação, a glândula precisa trabalhar dobrado para suprir a mãe e o bebê de hormônio. “A hiperestimulação pode causar alterações imunológicas no pós-parto e desencadear o distúrbio”, explica a endocrinologista Danielle Andreoni, do Ambulatório de Tireoide e Gestação da Universidade Federal de São Paulo. Os sintomas começam cerca de seis meses após o parto. Em geral, há um período de hipertireoidismo (que acelera o metabolismo), seguido de hipotireoidismo (que o torna lento). “Entre os casos de depressão pós-parto, 35% são causados por esse distúrbio”, diz o endocrinologista Tércio Rocha, do Rio de Janeiro

O que fazer
 O tratamento é feito com hormônios.O problema regride em 50% das situações, mas torna-se crônico na outra metade. É aconselhável voltar a tomar o hormônio no caso de nova gravidez.

Bjs em todas e cuidem-se!!!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Higiene da mamadeira.

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Com o sistema imunológico ainda em formação, os bebês são vulneráveis a doenças provocadas por bactérias, nos primeiros meses de vida. Por essa razão, todo o cuidado é pouco com a limpeza de seus utensílios

Como manter a mamadeira livre dos germes

“A higienização da mamadeira é essencial para a saúde do bebê, porque os resíduos de leite são um prato cheio para bactérias que causam enfermidades.” O alerta é da pediatra Sandra de Oliveira Campos, professora de infectologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo. Ela ressalta que a mamadeira deve ser manuseada e esterelizada adequadamente, para que não promova problemas. Mas, vale ressaltar que a prevenção deve começar com o asseio da mamãe, no momento da preparação do alimento, lavando bem as mãos.

A pediatra lista cinco dicas simples para realizar a limpeza:

  • - Lave a mamadeira (garrafa e bico) com água e detergente neutro, utilizando uma escovinha própria para o procedimento ou chacoalhando o utensílio com a solução;

  • -Enxágue bem até todo o sabão ser eliminado;

  • -Coloque o utensílio em uma panela com água fervente por cerca de três a cinco minutos (a panela deve ser utilizada somente para este fim) ou recorra a esterilizadores próprios para o procedimento;

  • -Retire a mamadeira com uma pinça de cozinha e coloque-a para secar, de boca para baixo, em um papel toalha ou em um pano limpo;

  • -Quando estiver completamente seca, armazene o utensílio em um ambiente seco ou na geladeira, em recipiente fechado.

  • Nunca prepare o leite para uma segunda mamada sem higienizar a mamadeira. “Ao ser utilizado uma vez, o utensílio já foi à boca do bebê e exposto às bactérias”, avisa a pediatra . “Providencie uma segunda mamadeira, um recipiente com água e leite em pó, para quando for sair de casa. Isso facilita o preparo e garantir que um alimento seguro e saudável”, orienta. 

As bactérias
Alguns dos micro-organismos que agridem o organismo dos bebês são provenientes do próprio leite pasteurizado, dos utensílios contaminados ou até de mãos mal lavadas. De acordo com o microbiologista de alimentos Êneo Alves, diretor da Central de Diagnósticos Laboratoriais, em São Paulo, essas bactérias pertencem ao grupo dos coliformes fecais e totais que, em grandes concentrações, causam diarreia, febre, desidratação, fezes com sangue, e, em casos extremos, podem levar o bebê à morte, devido à fragilidade do organismo nessa fase da vida.

Mas não há motivo para pânico. O especialista explica que, em pequena quantidade, essas bactérias são inofensivas à saúde. “O grande problema é a multiplicação em ambientes favoráveis, como em alimentos não refrigerados e utensílios não esterilizados ou desgastados”, alerta.

Hora de trocar a mamadeira
De acordo com a especialista em saúde materno-infantil Ana Cristina Ribeiro Zollner, do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo, as mães precisam ficar atentas a alguns indícios de que chegou o momento de aposentar o utensílio e providenciar um novo. Observe as seguintes características:

No bico:
  • A descoloração pode ser sinal de que ele está se deteriorando;

  • Ao esticar a parte de cima do bico, ele deve retornar à posição original. Caso contrário, é sinal de que ele está afinando e não é mais apropriado para o uso;

  •  Quando adquire uma textura pegajosa, significa que está em processo de degradação e deve ser inutilizado.

  •  Rasgos e rachaduras podem elevar o risco de engasgos.

Na garrafa:
  •  Rachaduras podem facilitar o acúmulo de resíduos e favorecer a proliferação de bactérias;

  • Plástico danificado representa risco de ferimentos no bebê.
Bjs à todos!

sábado, 12 de novembro de 2011

Peso na medida durante a gravidez.

controlar-peso-gravidez

Aproveitar para comer à vontade ou passar os nove meses contando calorias, na tentativa de engordar o mínimo? Não se perca nesse dilema. Veja como traçar o caminho do meio e ganhar apenas os quilos necessários

"Eu engordei demais"
O caso de Aline, 27 anos:
Peso antes do parto: 58 kg
Peso no final da gravidez: 78 kg
Peso atual: 68 kg

"Quase não tive enjoo. Em compensação, vivia com fome. Sou naturalmente comilona e achava normal fazer refeições fartas e beliscar a todo momento. No fundo, acreditava que, se comesse bastante, o bebê cresceria melhor e eu perderia todo o peso extra, rapidamente, depois do parto. Afinal, nunca tinha sofrido com essa questão de peso. Para piorar, não sentia disposição para me exercitar. Aproveitava todo tempo livre para descansar, o que ajudou a fazer o ponteiro da balança disparar. No começo, ganhei quase 3 quilos por mês e, em toda consulta, tomava bronca do médico. Mas, na minha cabeça, a quantidade que eu comia não era suficiente para explicar aquele aumento de peso absurdo. No último trimestre, tentei fechar a boca – mesmo assim, terminei a gestação com 20 quilos a mais. Por sorte, o bebê não teve complicações, e o parto correu bem e no tempo certo. Mas, eu sofri as consequências e senti na pele, literalmente, os danos do excesso. Apareceram várias estrias. Quase um ano depois, continuo 10 quilos mais pesada do que antes de engravidar. Meu peso estacionou e não consigo sair desse estágio. Se fosse hoje, teria cuidado melhor da alimentação".  Aline Ranelli,designer, mãe de Pedro, 11 meses, de São Paulo.

"Eu ganhei pouco peso"
O caso de Sandra, 30 anos
Peso antes do parto: 57 kg
Peso no final da gravidez: 64 kg
Peso atual: 54 kg

"Sempre fui magra e tenho dificuldade para engordar. Na gravidez, não foi diferente. Mantive a alimentação regrada de sempre, mas me vigiava para comer de três em três horas.Também me disciplinei para evitar besteiras e aumentar o consumo de frutas e verduras. Então, por mais que eu comesse, continuava na linha. Os enjoos também contribuíram para o pouco ganho de peso. Até a 16a semana, vomitei o tempo inteiro e não engordei nenhum grama. Depois, a balança começou a avançar, mas nunca além de 2 quilos por mês. Assim, cheguei ao final da gestação com apenas 7 quilos extras. As pessoas próximas insistiam para eu comer mais, mas esses conselhos não me influenciavam. Sabia que não estava fazendo nada de errado, apenas privilegiando a qualidade à quantidade. Nas consultas de pré-natal, eu e meu médico conversávamos muito sobre alimentação, mas ele nunca me fez nenhuma recomendação especial, porque acompanhávamos o crescimento do bebê pelo ultrassom e estava tudo bem. Tanto que a Lorena nasceu com 2,9 quilos e no tempo previsto. Em uma semana, perdi praticamente tudo o que tinha engordado e hoje estou mais magra do que antes". Sandra Rosa Cunha,advogada, mãe de Lorena, 3 meses, de São Paulo.

Questões de peso
E você? Será que está engordando na quantidade e na velocidade que deveria? Antes de colocar a próxima colherada de pudim na boca ou de pedir um almoço só de alface, confira as respostas dos nossos especialistas

Qual é o ganho ideal até o final da gestação? “Depende do índice de massa corporal (IMC) da mulher, antes de engravidar”, diz o obstetra Julio Bernardi, do Grupo Santa Joana, em São Paulo. Para cada IMC, existe um ganho ideal, de acordo com uma tabela adotada pelos médicos brasileiros. Calcule esse índice, dividindo seu peso pré-gestação por sua altura ao quadrado. Depois, veja quanto deve engordar nos nove meses:

  •  Gestante de baixo peso, com IMC menor do que 18,5: ganho de 12,5 a 18 quilos.
  •  Gestante de peso normal, com IMC entre 18,6 e 24,9: ganho de 11,5 a 16 quilos.
  •  Gestante com sobrepeso, com IMC entre 25 e 29,9: ganho de 7 a 11 quilos.
  •  Gestante obesa, com IMC maior do que 30: ganho de 5 a 9 quilos.

Quanto é preciso comer?
Definitivamente, não precisa se alimentar por dois. Mulheres saudáveis e com IMC na faixa considerada normal devem ingerir entre 2 mil e 2,5 mil calorias ao dia. “A partir do terceiro trimestre, quando o ganho de peso do bebê é maior, recomenda-se adicionar 300 calorias diárias”, afirma o ginecologista e obstetra Leonardo Valladão de Freitas,da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Esse aumento, porém, não justifica excessos à mesa e se resolve com um lanchinho extra. Anote as opções sugeridas pela nutricionista Elaine de Pádua, da equipe de pré-natal do departamento de obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo:

• 2 fatias de pão integral + 2 colheres (sopa) de patê de sardinha
• 1 fatia de bolo integral de frutas + 1 copo (250 mililitros) de suco de melão sem açúcar
• 1 taça de salada de frutas+ 1 colher (sopa) de semente de linhaça.

Quando devo ganhar os quilos extras?
Segundo Bernardi, a conta para mulheres na faixa de peso normal é 400 gramas a mais nas dez primeiras semanas + 3,6 quilos até a 20a semana + 4 quilos até a 30a; e os outros 4 quilos que faltam para totalizar 12, até o final da gestação. Mas, isso é apenas uma referência. Quem vai avaliar se o ganho de peso foi excessivo ou insuficiente a cada período é o obstetra. “Só com base em dados objetivos, como a saúde da mãe e o crescimentodo bebê, é possível dizer se a dieta está adequada ou não. Além de quanto se come, importa a qualidade das refeições”, completa o ginecologista e obstetra Flavio Garcia de Oliveira, autor do livro Receitas para Grávidas (Ideia & Ação) e diretor da Clínica FGO, em São Paulo. Faz diferença engordar tudo em um período concentrado? Faz. “O ganho de peso gradual é a melhor garantia de que o bebê estará adequadamente nutrido, em todas as etapas do desenvolvimento. Há vantagens também para a mulher, pois o corpo tem tempo de se adaptar às mudanças. Até o fator estético é favorecido, já que engordar demais em um curto período aumenta o risco de estrias”, diz Oliveira.

Por que é perigoso engordar demais?
O ganho excessivo de peso está ligado à maior probabilidade de doenças graves, como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. “Há perigo também de que o bebê fique muito grande – acima de 4 quilos. Nessas circunstâncias, o parto normal torna-se inviável e pode causar traumatismos à mulher, devido à desproporção entre o bebê e a bacia dela”, avisa Freitas. Outra complicação é a sobrecarga das articulações de coluna, quadris, joelhos e tornozelos, que causa dores fortes e se agrava conforme a gravidez avança. As dificuldades continuam após o nascimento. “Será bem mais difícil voltar ao peso inicial”, lembra o nutrólogo Maximo Asinelli, de Curitiba. Sem falar nas consequências negativas para seu filho. “Crianças com mães obesas ou que ganharam muito peso na gestação são mais propensas a se tornarem obesas e sofrer de males como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares”, alerta Oliveira.

Se eu fechar a boca, o que pode acontecer?
Fazer loucuras como restringir a dieta a alimentos paupérrimos em calorias ou dobrar o treino na academia para impedir que a balança avance é sinônimo de risco para você e seu bebê. De fato, é possível que você chegue ao fim dos nove meses sem gordurinhas acumuladas. Em compensação, poderá estar com a imunidade debilitada, músculos flácidos, ossos, cabelos e unhas enfraquecidos e, talvez, incapacitada de passar por um parto normal e de amamentar. Também o bebê fica exposto a prejuízos. Na gestação, ele cresce muito em um curto período e precisa da energia e dos nutrientes fornecidos pelo organismo materno.“Se esse fornecimento falha, o bebê não alcança um bom peso gestacional e corre mais riscos de nascer prematuramente e de desenvolver problemas neurológicos e cardiovasculares”, explica Oliveira. O bebê não compensa o baixo peso nos primeiros meses de vida? “Não. A nutrição deficiente na gestação aumenta os riscos de anemia e infecções na infância, gera restrições de peso e de altura e afeta odesenvolvimento cognitivo, levando a problemas de aprendizado e déficit de atenção”, avisa Freitas.

Cuidem-se!!! Bjs!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ajude seu filho a parar de roer as unhas.

roer-unhas 
 
O mau hábito traz prejuízos à saúde e afeta as relações sociais da criança. Conheça as principais causas e contribua para que seu filho se livre do problema

1. O que provoca o mau hábito
Acredita-se que a oncofagia, como é chamado pelos médicos o hábito de roer unhas, atinge um terço das crianças e quase metade dos adolescentes, em diferentes graus. “Por trás do costume, há uma série de fatores, como ansiedade, impulsividade, a imitação de outro membro da família e, talvez, características hereditárias”, explica Arthur Kummer,  psiquiatra da infância e da adolescência e professor do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Trata-se de um hábito relacionado à ansiedade e insegurança, observado a partir de 3 anos de idade. Os pequenos costumam levar à boca  tanto as unhas das mãos como dos pés”, complementa Saul Cypel, pediatra e professor de Neurologia Infantil da Universidade de São Paulo. O comportamento é, possivelmente, influenciado pelo estado emocional, exacerbando-se quando a criança está sob estresse.

2. Principais consequências
As unhas não raro ficam deformadas e os dedos se tornam muito sensíveis à dor, além de serem uma porta de entrada para infecções bacterianas e virais. “Infecções respiratórias e gastrointestinais provocadas por  micro-organismos, como bactérias presentes nas mãos, também são comuns”, afirma Cypel. Sem contar que roer unhas está relacionado a problemas dentários, como lesão gengival e má oclusão dos dentes anteriores. A criança também pode ter problemas de estômago, por ingerir as unhas roídas.“Como se não bastassem as conseqüências físicas, o hábito pode trazer repercussões psicológicas e sociais, já que as crianças e adolescentes podem se envergonhar das unhas roídas, apresentar baixa autoestima e evitar contato com outras pessoas”, explica Arthur Kummer.

3. Não castigue
 Cypel afirma que “os principais erros acontecem quando os pais decidem acabar com o comportamento drasticamente, com uma probição enérgica, limitações de uso de brinquedos, ou aplicação de substâncias nas unhas, para provocar ardor na boca ao serem ingeridas. Punições severas, ridicularizações e humilhações além de não ajudarem, trazem consequências graves e podem, inclusive, agravar o problema.       

4. Não brigue na frente dos amigos
Roer unhas pode expressar situações de timidez ou  tensão e dificuldades.  “Expor essas dificuldades pode aumentar ainda mais a ansiedade da criança, o que pode levá-la a exarcebar esse sintoma”, explica Maria Cristina Senna Duarte, mestre em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Fernandes Figueira, em São Paulo.

5. Converse com seu filho
A partir dos 3 anos de idade, a criança já tem maturidade para entender uma conversa. Por isso, fale dos prejuízos que o costume traz e da importância de parar de roer as unhas. Demonstre boa vontade em ajudá-la a superar o problema e evite ameaças.

6. Deixe as unhas bonitas
Cuidados estéticos e de higiene são fundamentais. Especialmente para as meninas, uma unha bem cuidada e pintada pode promover efeito inibidor do vício.

7. Elogie ao invés de criticar
Crianças tendem a responder mais favoravelmente a estímulos para bons comportamentos, como elogios, do que a punições para atitudes negativas, como críticas pesadas ou agressões. Desse modo, ao invés de ficar lembrando seu filho de não roer as unhas, pode ser mais interessante elogiá-lo pela postura proativa, por conseguir diminuir a frequência do hábito e por estar com as mãos bonitas.

8. Valorize as pequenas conquistas
Os pais também podem estabelecer um calendário para recompensas . Um exemplo: a criança recebe uma estrelinha por cada dia sem roer a unha. Ao final da semana, recebe um prêmio, como o um lanche  preferido ou um passeio divertido.

9. Observe as recaídas
Preste atenção aos possíveis gatilhos, como situações estressantes. “É importante que os pais considerem o contexto e verifiquem se algo atípico na dinâmica familiar  possa estar correlacionado à insegurança de seu filho”, afirma Cypel. Ao reconhecer as causas, fica mais fácil superá-las. Se a criança sabe em que momentos o vício se manifesta mais intensamente, ela adquire maior domínio sobre o hábito e mais facilidade para interrompê-lo.

10. Faça programas somente com seu filho
Introduzir atividades individualizadas com seu filho, como passeios, leituras e jogos de mesa é uma maneira de ocupá-lo, distraindo-o do vício, além de proporcionar aconchego e vínculo, o que pode anular algumas causas do mau hábito.

11. Desvie a atenção da criança
Em vez de  focar a atenção no problema, procure distrair a criança com outras atividades.  Maria Cristina Senna Duarte sugere que os pais “ofereçam massinhas para brincadeiras de modelagem, desenhos ou pinturas. Os trabalhos manuais ocupam as mãos e têm ação terapêutica”.

12. Procure um especialista
Se o comportamento persistir, uma ajuda especializada pode ser necessária. Técnicas mais complexas, como a terapia de reversão de hábitos, podem ser trabalhadas. “Os pais devem procurar um atendimento psicoterápico, principalmente, se o vício estiver associado a outras alterações comportamentais, como agressividade, impulsividade, impaciência e inquietude”, finaliza Cypel.

Bjs à todas!!!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pré-natal completo!

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Fique por dentro de todos os procedimentos médicos a que as gestantes devem se submeter para garantir que ela e o bebê cheguem, com saúde e segurança, ao momento do parto. Uma agenda repleta de compromissos passa a fazer parte do dia a dia da mulher assim que se constata uma gravidez. Consultas, avaliações físicas e outros exames, que devem ser realizados em laboratório de análises clínicas e medicina diagnóstica, preenchem nove meses de uma intensa maratona médica. “Por se tratar de um evento fisiológico, a assistência ao pré-natal é como uma supervisão da natureza e cabe ao médico saber atuar no momento correto para garantir o melhor para o bebê e a mãe”, diz Andrea Romagna Fernandes Coelho, ginecologista e obstetra da Paraná Clínicas, de Curitiba.

O Ministério da Saúde recomenda que a gestante visite o médico pelo menos seis vezes até o parto, mas grande parte dos especialistas prefere ver suas pacientes com uma frequência maior (confira abaixo como se dá essa rotina e o que é avaliado em cada consulta). Fundamental mesmo é não demorar para começar o acompanhamento! “O atraso menstrual leva a paciente à consulta. Depois de constatada a gravidez, já se deve iniciar o pré-natal”, afirma José Bento de Souza, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, de São Paulo.

Frequência e teor das consultas
Embora o número de consultas varie de acordo com a conduta de cada médico e também conforme as peculiaridades da gestação, em geral a paciente é orientada a retornar ao consultório do obstetra mensalmente até o sétimo mês de gravidez. No oitavo, ocorrem duas visitas, uma em cada quinzena. Já no nono e último meses, o encontro com o especialista passa a ser semanal. Toda essa rotina serve para cuidar da saúde de mãe e filho e acompanhar de perto o desenvolvimento do bebê. Estes são os pontos abordados e as avaliações feitas durante uma consulta de pré-natal:

- Conversa com a paciente para saber como anda seu estado geral, quais sintomas vem apresentando e, a partir da 20ª semana, indagação sobre os movimentos do feto.
- Medição da pressão arterial.
- Verificação do peso.
- Aferição da altura do útero e da circunferência abdominal.
- Ausculta dos batimentos cardíacos do feto.
- Solicitação de exames médicos (laboratoriais, de imagem e outros, se necessário).

Exames obrigatórios
Confira, na tabela abaixo, os exames a que toda gestante deve se submeter, a fase em que devem ser realizados e o que eles apontam para o médico. Lembre-se, porém, de que cada gravidez é uma situação única, com muitas variáveis, o que pode determinar a realização de outros testes não listados aqui. Existem casos especiais, que devem ser tratados de maneira diferenciada e com condutas bastante particulares.


Exames especiais
Alteração no resultado de um dos exames comuns do pré-natal, gravidez após os 35 anos, gestantes com doenças prévias (como lúpus, câncer, doenças do colágeno etc.), grávidas com diabetes ou hipertensão, histórico de doenças hereditárias na família e gestação de múltiplos. Essas são algumas das situações consideradas de risco pelos médicos e que levam à necessidade de um pré-natal ainda mais cuidadoso tanto em relação à frequência de consultas quanto à realização de exames específicos. Conheça alguns dos testes adicionais, que podem ser solicitados, se a paciente necessitar de uma assistência intensiva:

Biópsia do vilo corial (11ª a 14ª semana):
Solicitada normalmente quando existe a suspeita de alterações cromossômicas no feto. A dúvida pode surgir, por exemplo, após o exame de ultrassonografia de translucência nucal. O procedimento consiste na análise de uma amostra da placenta, coletada por uma agulha, que é inserida através do abdômen da gestante. O exame apresenta um risco pequeno de provocar aborto.

Amniocentese (a partir da 13ª semana):
Semelhante à biópsia do vilo corial, também objetiva a constatação de anormalidades genéticas no feto. Nesse exame, porém, a amostra analisada é do líquido amniótico, que envolve o bebê. Assim como no exame anterior, existe o perigo de causar um aborto.

Ultrassonografia transvaginal (a partir da 12ª semana):
Indicada quando a gestação tem alto risco de prematuridade, como no caso de gêmeos, tem como finalidade checar as condições do colo do útero. Se houver probabilidade de ele se romper, o que pode levar ao parto prematuro, o médico avalia a possibilidade de realizar uma cerclagem uterina (cirurgia que costura o colo do útero para reforçar seu fechamento).

Fibronectina fetal (18ª à 24ª):
É uma análise da secreção vaginal para avaliar a chance de nascimento prematuro. Realizada em mulheres de alto risco para parto prematuro, como as que tiveram o problema em gestação anterior ou apresentam o encurtamento do colo uterino.

Ecocardiografia fetal (a partir da 28ª semana):
Com um aparelho de ultrassonografia, observa-se detalhadamente o funcionamento do coração do bebê. Esse exame vem sendo cada vez mais adotado pelos médicos como uma rotina, dentro do pré-natal, mesmo para pacientes de baixo risco. Entretanto, muitos obstetras ainda o requisitam apenas para situações específicas, em que a probabilidade de anomalias cardíacas no feto é maior. Alguns desses casos ocorrem se a mãe tem alguma malformação congênita do coração ou quando é constatada uma alteração cromossômica no feto.

Cuidem-se!!! Bjs!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sonhos na gravidez.

Nesse período, eles parecem tão nítidos e reais que vão fazer você ficar em dúvida se estava dormindo. É o inconsciente despertando seu amor maternal. Escute o que ele tem a dizer!





Sonhei que entrava no segundo quarto do apartamento onde morava. Ele estava vazio. Mas, ao abrir o armário, descobri que havia vários vestidinhos, pendurados aos pares, cada um de uma cor. Na hora, soube que tinha engravidado de duas meninas. Realmente, após nove meses, nasceram Julia e Isadora, minhas gêmeas não idênticas.” Quem conta essa história é a psicoterapeuta paulista Sâmara Jorge, que na época havia feito uma fertilização in vitro, mas ainda não sabia o resultado. Premonição?

Sim, mas não no sentido sobrenatural. “Nosso corpo sabe que engravidamos muito antes de termos consciência disso e pode mandar o recado pelo sonho”, explica a psicóloga Marion Rauscher Gallbach, de São Paulo, autora dos livros Aprendendo com os Sonhos e Sonhos e Gravidez – Iniciação à Criatividade Feminina (ambos da Paulus). E prepare-se, pois sua mente vai usar muito esse canal de comunicação nos próximos meses. “A gestação é uma fase marcada por mudanças físicas e psíquicas. Todas as emoções são sentidas de maneira muito intensa e se revelam nos sonhos. Portanto, prestar atenção neles e tentar compreendê-los pode ajudar a grávida a lidar melhor com os sentimentos e as expectativas e com a nova relação que está estabelecendo com o feto e consigo mesma”, afirma Sâmara.

Código pessoal

A menos que você seja expert em interpretação dos sonhos, essa percepção é intuitiva, mesmo porque o inconsciente fala por símbolos. Mas o que ele comunica ajuda a perceber medos, dúvidas, ansiedades e desejos em relação à maternidade. Segundo a psicóloga americana Patricia Garfield, referência mundial no estudo dos sonhos e autora do livro Women’s Bodies, Women’s Dreams (“Corpos femininos, sonhos femininos”, ainda não publicado no Brasil), existe até um padrão nas mensagens oníricas mais frequentes a cada fase da gravidez.

1° trimestre Evidenciam ansiedade em relação ao nascimento do filho e despertam a consciência para as mudanças corporais e a formação do líquido amniótico. Exemplos: sonhos com água, inundações, mar etc.

2° trimestre Revelam interesse pela ligação com o bebê, insegurança com a aparência e preocupação com o amor do parceiro. Exemplos: sonhos em que o parceiro se relaciona com outra mulher, o bebê é esquecido em algum lugar ou não há leite para alimentá-lo.

3° trimestre Giram em torno do desejo de saber mais sobre o bebê – se é menino ou menina, suas feições. “Os relatos falam de sonhos nos quais as crianças revelam suas preferências nesses assuntos”, diz Sâmara.

Semanas finais da gestação Trazem à tona medos em relação ao parto e ansiedade pela chegada da criança e pela responsabilidade de ser mãe. São comuns sonhos com roubos, assaltos e situações incontroláveis.

Seja qual for o recado, sonhar faz bem à grávida, como concluiu um grupo de pesquisadores da Universidade de Yamaguchi, no Japão, ao revisar uma série de estudos sobre o tema. Segundo eles, a maioria das pesquisas indica que os sonhos fazem a mulher lidar mais facilmente com as crises emocionais do período e a aceitar o papel de cuidadora de uma nova vida. “A função deles é ajudar a mente a se equilibrar, trazendo para o consciente medos e inseguranças ocultos”, ensina Sâmara. Um exemplo? Se você treme só de pensar em dar o primeiro banho no seu filho, é provável que se tranquilize caso os sonhos revelem uma imagem sua em situações de amor e cuidado com o bebê.

Conexão total

Além de ricos no enredo, os sonhos agora tendem a parecer mais realistas. “Eu nunca me lembrava de um sonho, mas na gravidez eles se tornaram tão incrivelmente nítidos que nem precisava anotá-los”, conta a assistente administrativa Milena B. Maia, 37 anos, de São Paulo, mãe de Vinicius, 1 ano. Não é por acaso. “O inconsciente fica ativado em fases de transição, mudanças e momentos importantes. E a gravidez é um grande ciclo transformador. Essa pode ser a razão de os sonhos das gestantes serem tão marcantes”, explica Sâmara.

A escritora americana Tracie Hotchner, autora do best seller Pregnancy and Childbirth (“Gravidez e parto”, ainda sem tradução no Brasil), confirma que, na gravidez, os sonhos se tornam mesmo muito vívidos, especialmente no último trimestre. “Pense neles como mensagens, informações secretas sobre si mesma que, de outra forma, não seriam reveladas”, escreve a autora.

“Até o quarto mês, vivia sonhando com o mar causando inundações devastadoras, derrubando pontes e alagando ruas. Nessa época, eu chorava demais e estava superemotiva. Acho que a gravidez me ajudou a recuperar uma sensibilidade que andava sufocada”, lembra Milena. A maneira avassaladora como a água se manifesta nos conteúdos oníricos, na forma de tsunâmis e alagamentos, explica Marion, demonstra a profundidade da transformação pela qual você está passando. “Esses fenômenos revelam a força da natureza, algo que não se pode controlar, assim como a grávida também não controla as mudanças (de apetite, sono, ritmo, formas, humor) que experimenta”, compara a psicóloga.

O que as especialistas garantem é que, se usar os sonhos para estabelecer uma sintonia fina com a sua mente, você terá mais tranquilidade para esperar que a natureza cumpra seu papel. “Há um bebê em formação, mas também há uma mãe sendo gerada. Esse é um momento único, e a mulher que percebe a riqueza das suas transformações estará mais conectada e harmonizada com seus pensamentos e emoções”, afirma Sâmara.

Bjs!!!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Aborto espontâneo: por que acontece?

Entenda as causas desse triste episódio, que acomete cerca de um terço das gestantes.





A pior notícia para quem está esperando a chegada da cegonha é saber que aquele embrião dentro da barriga não vingou e que, por algum motivo, foi expulso naturalmente pelo corpo. Aproximadamente 33% dos casais não conseguem manter uma gestação até o final. E, para entender por que o aborto espontâneo acontece, quando é possível engravidar novamente e como prevenir para não passar por isso, conversamos com a ginecologista e obstetra Daniela Maeyama, do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo.

Quais são as causas mais comuns dos abortos espontâneos?

O aborto pode acontecer por diferentes razões, mas as mais comuns são alterações cromossômicas e alterações genéticas que geram embriões malformados. Esses problemas são mais comuns em mulheres mais velhas, mas podem acontecer em qualquer idade.

Além dessas, existem outras causas, como alterações hormonais e doenças autoimunes.

Por que tanto se fala que o primeiro trimestre de gestação é o período mais crítico?

Porque é nos primeiros três meses de gravidez que acontece a maior parte dos abortamentos. O aborto pode ser precoce ou tardio. O precoce acontece até 12 semanas e é mais comum. Funciona como uma seleção natural, pois o corpo trata de rejeitar o embrião que não está bem formado. O aborto tardio pode acontecer entre 12 e 20 semanas de gestação, por algum acidente ou alteração hormonal.

Depois de passar por um aborto, quanto tempo a mulher precisa esperar para tentar engravidar novamente?

Depende. Se ela conseguiu eliminar sozinha, sem passar pela curetagem, é só esperar a menstruação vir normalmente e, no próximo ciclo, já pode tentar engravidar novamente. Agora, se a mulher foi submetida à curetagem ou outro procedimento cirúrgico, indicamos que espere, no mínimo, três meses até o corpo voltar ao normal.

Durante a gestação, todo o sangramento é preocupante?

Até a quinta semana de gestação, pode ocorrer um sangramento devido à implantação embrionária. Ele dura um ou dois dias e é considerado normal. Mas, em caso de qualquer sangramento, avise o seu médico, pois só ele poderá avaliar se existe motivo para preocupação.

Como prevenir para que isso não aconteça?

Não existe prevenção para alterações cromossômicas. No entanto, o que toda a mulher pode e deve fazer são exames de preconcepção para saber se tem alguma alteração genética ou doença autoimune. Além disso, deve tomar ácido fólico três meses antes de engravidar. 
 
Cuidem-se mulheres, para que não ocorra o aborto, façam os exames antes de engravidar!
Bjs!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mudança de Lei!

Caros Amigos,

Acabei de ler e assinar a petição online: «INICIATIVA POPULAR SOBRE CRIMES DE TRÂNSITO QUE ENVOLVA A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE»

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N15216

Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.

Não tenham medo de colocar seus dados pessoais pois não serão divulgados, são apenas para validação da petição.

Este caso foi mostrado pela Ana Maria Braga em seu programa na Rede Globo exibido hoje (19/10/2011).

Vamos coloborar e mudar esta lei!

Subscreve a petição e divulga-a pelos teus contactos.

Obrigado,

Raquel do Valle

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sorteio em comemoração dos 2 anos do blog "Casados para Sempre" em parceria com o blog "Estilo?Só quem tem! E você pode ter."

 O PRÊMIO:
Ensaio fotográfico com a fotógrafa Raquel Lopes, com 100 fotos em alta resolução em um DVD personalizado. As inscrições começam hoje e terminam dia 19/11 
QUANDO:
A data será definida em comum acordo e o ensaio deverá ser realizado de Novembro/2011 à Janeiro/2012.
LOCAL:
Jardim Botânico ou Bosque da Barra no Rio de Janeiro.
PARA CONCORRER:
Basta ser seguidor dos blogs: "Casados paraSempre" e "Estilo?Só quem tem!" 
E preencher o formulário AQUI
CHANCES EXTRAS:
Twitter: Seguir o Twitter da @GarotaVenenoBlg e Twittar a seguinte frase: "Só o blog Casados Para Sempre e a @GarotaVenenoBlg #sorteiam juntas um ensaio fotográfico com a fotógrafa #RaquelLopes http://migre.me/5XsN6"
Facebook: Curtir a página do Facebook da Raquel Lopes - Fotógrafa e o meu  Garota Veneno
Divulgar o sorteio: com o banner e link, ou apena com o link
RESULTADO:
Será divulgado no dia 20/11/2011 após às 18hs, enviaremos também um e-mail à vencedora do concurso que terá 48hs para entrar em contato conosco. Caso contrário será realizado um novo sorteio.
OBS: O sorteio será realizado para os residentes no Rio de Janeiro, mas se houver alguém com viagem agendada ao Rio de Janeiro no período de realização do ensaio e quiser participar. O mesmo fica ciente que custeará sua própria viajem, bem como alimentação.
 
Bjs À todos!

sábado, 15 de outubro de 2011

Livro ensina como amamentar.

A ajuda chegou em boa hora para as mamães de primeira viagem que ainda não pegaram o jeito, na hora de alimentar o recém-nascido. Confira as orientações:


Sucesso na amamentação

Um cantinho aconchegante, o bebê no colo e a nova mamãe senta para amamentar. Uma cena linda, mas nem sempre dar o peito é um processo tão natural. No início incomoda, é preciso ensinar o bebê a sugar direitinho e insistir até ficar confortável para os dois. Para ajudar os pais – sim, porque o pai também é fundamental - nessa empreitada, Grasielly Mariano, enfermeira do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Aleitamento Materno da Escola de Enfermagem da USP (NEPAL), em São Paulo, lançou o livro Socorro, eu não sei amamentar! (Editora Lexia). Confira a entrevista com a autora, cheia de dicas que vão ajuda-la – e muito!

Afinal, como amamentar?

A técnica para posicionar o bebê é simples e muito importante para que ele consiga retirar o leite da mama sem machucá-la. Sente-se de modo confortável, relaxada, com a coluna ereta e os pés apoiados em uma banqueta. O corpo do bebê deve estar totalmente voltado para o corpo da mãe, de modo que seja possível o encontro barriga com barriga. Atente para o pescoço do pequeno, que deve estar ligeiramente estendido para facilitar a pega. Segure a mama com os dedos em forma de “C” e não em forma de tesoura – este procedimento serve para direcionar a pega. Estimule o bebê a abrir bem a boca, passando o mamilo na região entre o nariz e o lábio superior. Quando for possível ver a boca do bebê bem aberta e com a língua abaixada, movimente-o em direção à mama para que ele possa abocanhar grande parte da aréola.

O que é o colostro e qual a importância dele?

O colostro é a primeira secreção que sai do seio da mulher e que é formado durante a gravidez. É um fluido acumulado nas células alveolares nos últimos meses de gestação e secretado nos primeiros dias pós-parto. Contém mais proteína, vitamina A e minerais, ao passo que apresenta menor quantidade de carboidrato do que o leite maduro. O colostro é um leite de muita importância e é capaz de alimentar um neonato até o momento em que se transformará em secreção láctea branca, fenômeno conhecido como apojadura láctea e que pode acontecer até o décimo dia pós-parto.

O que fazer quando amamentar dói?

As temidas rachaduras e fissuras são lesões que podem ter diversas causas, mas em sua grande maioria são ocasionadas pelo posicionamento e pega inadequados. Comece avaliando se está fazendo certo. O leite materno tem substâncias cicatrizantes e, por isso, deve ser passado no mamilo após as mamadas. Mantenha o mamilo seco a maior parte do tempo e não use cremes hidratantes, sabonete ou álcool na área afetada. Variar as posições também pode ajudar na cicatrização e alivia a dor.

Descobri que estou grávida. Posso continuar amamentando?

De modo geral, uma nova gravidez não é indicação para interromper o aleitamento materno, a não ser que a gestante tenha ameaças de entrar em trabalho de parto prematuro – a amamentação estimula um hormônio chamado ocitocina, que pode causar contrações no útero. Se sentir cólicas ou desconforto enquanto amamenta, converse com o seu médico.

Qual a importância do pai nesse momento? No que ele pode ajudar?

A figura paterna é de extrema relevância e tem sofrido modificações ao longo dos anos, uma vez que a gravidez e o nascimento do bebê deixaram de ser uma preocupação apenas da mulher e hoje são parte da experiência do casal. Os cuidados com o neonato agora são compartilhados. O vínculo entre a mãe e o bebê é fortemente reafirmado durante a prática de amamentação e o pai pode participar deste momento, oferecendo carinho e apoiando tanto a mãe quanto o bebê. Sua presença e seu toque são capazes de acalmar o pequeno e sua opinião favorável ao aleitamento materno é um fator muito positivo para o prolongamento da amamentação. O pai pode, ainda, se responsabilizar por algumas tarefas domésticas para que a mamãe consiga amamentar seu recém-nascido com tranquilidade e em regime de livre demanda. A mulher deve permitir, sempre que possível, que o pai ajude, colocando o bebê para arrotar, por exemplo, que é uma excelente oportunidade para fortalecimento dos laços entre pai e bebê.

Qual dica você daria para a mãe que está enfrentando dificuldades, mas não quer parar de amamentar?

Não espere muito tempo para procurar ajuda. Saiba que a amamentação deve ser uma prática prazerosa para mãe e bebê, sem dor, sem grandes problemas e, por isso, se a mamãe enfrenta alguma dificuldade, não deve demorar para consultar um profissional experiente. Não pare de amamentar sem tentar todas as possibilidades de solução para o seu caso. O seu bebê merece e tem o direito de ser amamentado.

Bjs à todos,


Raquel  do  Valle

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Visitas na maternidade: o jeito certo de se comportar!

O nascimento exige determinados protocolos que vão além das lembrancinhas e presentes. Bom senso e respeito são as palavras de ordem. Se você está prestes a ganhar um bebê, que tal enviar esta reportagem, “despretensiosamente”, aos seus amigos e familiares?




Seja breve! Essa é a recomendação mais básica para os visitantes. Vale lembrar que o bom senso prega não visitar nenhuma família de recém- nascido se estiver com febre, resfriado, doença respiratória ou contagiosa. E, acrescenta-se nesta listinha: não levar crianças menores agitadas, daquelas que correm e gritam pelos corredores da maternidade.

Bem, essas dicas soam óbvias demais, mas especialistas garantem que elas ainda são muito valiosas. Sim, há muitas pessoas que não se preocupam com o tempo de permanência e, na ânsia por conhecer o bebê, esquecem-se dos malefícios daquele resfriadinho, tão comum nos dias de hoje.

Num país como Brasil, onde tudo acaba em festa, o nascimento muitas vezes entra na tradição cultural para tudo começar, também, em uma grande festa. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de pensar em quem convidar, logo no pós-parto. Ser breve, por exemplo, pode ser impensável para amigos muito calorosos, alegres e acostumados aos velhos cafezinhos do interior, onde os filhos nasciam em casa.

A pediatra Clery Bernardi Gallacci, do Hospital e Maternidade Santa Joana, esclarece que ser breve significa ficar no máximo 15 minutos dentro da maternidade. E, detalhe, caso haja alguma intervenção da equipe médica, a orientação é se retirar do quarto. “Esse período é de recuperação do parto. Os informes médicos são importantes e a presença de uma visita pode dispersar a atenção da mãe. É preferível a pessoa se ausentar do quarto e, na saída do profissional, despedir-se da família”, recomenda Dra. Clery.

Preparando as visitas

É válido dedicar um tempinho para descobrir como a nova família deseja ser recebida. E, para os novos papais, mesmo que desejem festejar, vale pensar na seleção e quantidade dos convidados. Lembre-se: a maternidade é um lugar para a recuperação. Portanto, para poucos e com bom senso.

Pessoas com as quais a mãe tem mais intimidade e liberdade para dizer, por exemplo, que tem sono e precisa dormir são sempre bem-vindas à maternidade. Já colegas de trabalho e parentes mais distantes podem conhecer o bebê pela internet e visitar a família somente após o primeiro mês de rotina em casa, aconselha a doula Ana Paula Garbulho, que atende vários casais grávidos no curso de Cuidados com Bebê e Pós-parto, que ela ministra na cidade de São Paulo.

Ela conta que não conheceu nenhum casal que tivesse o desejo de receber todo mundo na maternidade. O desafio é sempre inverso: como comunicar à família, amigos e colegas que a mãe e o bebê precisam de repouso?

“Eu sempre jogo essa responsabilidade nas costas do pai, que geralmente entende seu papel de proteger a nova família dos parentes, amigos e colegas mais distantes ou inconvenientes”, responde Ana Paula. Já para aqueles mais incompreensivos, a doula indica usar a recomendação médica como justificativa para evitar a visita. “Ninguém vai ficar com raiva do médico”, brinca. Outra sugestão é enviar um email aos colegas de trabalho, amigos e parentes com a foto do bebê e um recadinho de que a família estará com as portas abertas para receber a todos, depois do primeiro mês de vida em casa.

Palpites e Amamentação

Prepare-se! As opiniões indesejadas virão de todos os lados. Mas, elas podem e precisam ser filtradas “Digo sempre que palpites não são pedidos, mas oferecidos de graça. É importante a mãe fazer uma seleção daquilo que lhe faz bem e descartar aquilo que lhe é destrutivo”, ensina a doula.

A pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana diz que parentes mais próximos, como mãe e sogra, devem esclarecer suas dúvidas ou sugestões com a equipe médica, no interior do quarto, na frente da família, antes de recomendar suas vivências. Ana Paula ressalta que uma boa maneira de ajudar é respeitar o aprendizado da nova mãe.

“Cada um tem seu momento de criar o filho e o aprendizado deve ser natural. Cada mulher precisa descobrir pela própria experiência qual vai ser o jeito de amamentar, trocar, brincar e me comunicar”, observa Ana Paula.

A amamentação é um dos alvos prediletos das visitas palpiteiras. O que pode ser muito bom para mãe e o bebê, se elas souberem dar apoio. Lígia Moreiras Senas, doutoranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que palavras de incentivo, amorosas e muita paciência são atitudes que contribuem muito, na hora da amamentação. “É bom ressaltar, também, que uma mãe precisa de exemplos. Não vai ajudar em nada o palpite de uma pessoa que não amamentou seus filhos e se vangloria de que eles sobreviveram”, exemplifica Ligia.

10 Regrinhas básicas para visitas na maternidade

1-Não vá à maternidade se estiver resfriado, com febre, doenças respiratórias ou contagiosas. Não visite o bebê, enquanto não estiver são.

2- Pergunte ao casal quando e onde eles preferem receber sua visita.

3- Seja breve. Não ultrapasse 15 minutos na maternidade e visite a família em casa somente após primeiro mês de vida por, no máximo, meia hora.

4- Antes de comprar flores, verifique com pai se a mãe gosta de recebê-las ou se há alguma contraindicação médica na maternidade.

5- Não leve crianças muito agitadas, que correm e gritam pelos corredores.

6- Não dê palpites sobre o jeito certo de criar o recém-nascido. Suas palavras de incentivo devem contribuir para mãe descobrir um jeito próprio de criar o filho.

7- Visitas íntimas, como mãe e sogra, devem dar suas sugestões ou esclarecer dúvidas diante da equipe médica.

8-Lave as mãos ou passe álcool com gel na hora em que entrar no quarto da. Resista à tentação de pegar o bebê no colo.

9- Retire-se do quarto, caso haja uma intervenção da equipe médica.

10 – Tire foto somente com a permissão dos pais. 
 
Bjs à todos,
Raquel  do  Valle