quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Médico adota capacete para tratar assimetria da cabeça de bebês.

Cerca de 12% das crianças nascem com plagiocefalia posicional, e 3% delas merecem algum tipo de intervenção. Este caso que estou mostrando para vocês é de uma grande amiga minha e essa repostagem saiu no portal R7. Queria pedir para vocês divulgarem em seus blogs porque é uma doença muito pouco conhecida e divulgada, as vezes podemos ter o problema em casa e nem ter notado.
 

miguel barros
Miguel Barros, hoje com 9 meses de idade, usou o capacete e ficou curado


Os pais de Miguel Barros, hoje com 9 meses de idade, já haviam percebido uma certa assimetria na cabeça do filho mas só descobriram que isso poderia ser um problema quando o menino estava com 5 meses. Assistindo a um programa de televisão, a psicóloga Lívia da Silva e o marido, o técnico de manutenção Leonardo Barros, ficaram sabendo da plagiocefalia posicional, doença que deixa a cabeça do bebê torta e  desproporcional. Além do prejuízo estético, pode haver consequências mais sérias, como dificuldade de aprendizado e, em casos mais graves, problemas de alinhamento dentário e duplicidade visual.

A partir do programa exibido na televisão, Lívia e Leonardo resolveram pesquisar as formas de tratamento para o problema. Pela Internet, encontraram a Cranial Care, em São Paulo, que oferecia o serviço. A clínica é a primeira da América Latina a trabalhar com esse diagnóstico e a oferecer o tratamento desde o início deste ano. Até então, o tratamento só podia ser feito no exterior ou por meio de cirurgia.

Apesar de viverem no Rio de Janeiro, a distância não foi obstáculo para que Lívia e Leonardo levassem adiante o tratamento de Miguel. Já na primeira consulta foi confirmado o diagnóstico de plagiocefalia posicional. O tratamento começou com o uso de uma órtese, peça similar a um capacete, que se ajusta à cabeça do bebê mantendo-a na posição correta.

Miguel utilizava a órtese 23 horas por dia, tirando apenas para tomar banho e para a higiene do capacete. De 15 em 15 dias, os pais levavam a criança à clínica para o acompanhamento. Nessas consultas, eram feitos ajustes na peça para que o tratamento seguisse de forma adequada. A rotina de viagens durou quatro meses e, para o alívio dos pais, o tratamento foi concluído na semana passada.




capacete contra assimetria bebê
Capacete não gera nenhum desconforto ao bebê, já que é todo acolchoado e ajustado a cada duas semanas (Foto: Divulgação)


Apesar das dificuldades e do custo, Lívia acredita que valeu a pena. O tratamento custou aproximadamente R$ 10 mil, além das despesas com viagem e hospedagem. A assimetria foi completamente corrigida. “É um valor muito alto mas o resultado foi excelente. Se você olhar hoje, não fala que o Miguel teve que usar o capacete”, comemora a mãe.

Assim como Miguel, cerca de 12% das crianças nascem com algum tipo de assimetria na cabeça. Desse total, 3% merecem algum tipo de intervenção, e o restante regride naturalmente. Além disso, 54% das crianças gêmeas também nascem com assimetrias. Segundo o médico especialista em assimetria craniana e um dos fundadores da clínica Cranial Care, Gerd Schreen, a plagiocefalia posicional pode ocorrer por causa do posicionamento intrauterino, em função de um parto mais complicado e ou na gestação de gêmeos. Após o nascimento, a assimetria também pode se desenvolver pelo posicionamento viciado em uma região da cabeça do bebê, seja na hora de dormir ou pelo torcicolo congênito.


Órtese

O especialista em assimetria craniana Gerd Schreen explica, que ao chegar à clínica, a criança é submetida a uma avaliação que oferece todas as medidas do crânio e revela as assimetrias de maneira exata. Isso é feito por meio de um equipamento que escaneia o crânio do bebê de maneira indolor. Em seguida, as medidas são encaminhadas à Orthomerica, parceira da Cranial Care nos Estados Unidos, que vai criar uma órtese sob medida para a criança. O processo completo, entre envio das medidas e chegada do capacete ao Brasil, leva aproximadamente 15 dias. A partir de então o tratamento é iniciado.

O médico explica também que o capacete não gera nenhum desconforto ao bebê, já que é todo acolchoado e é ajustado a cada duas semanas para se adequar à cabeça da criança. “É bastante comum as pessoas acharem que dói, mas a órtese não traz incômodo à criança. Aliás, elas se adaptam muito bem”. No caso de Miguel, Lívia conta que ele se acostumou muito rapidamente à órtese e sentiu falta quando o tratamento terminou. “O Miguel estranhou quando tiramos o capacete e a gente também, porque agora ele sai correndo e bate a cabeça em tudo. Então até a gente está sentindo falta do capacete”.

Segundo o médico, a duração do tratamento com a órtese para a correção da plagiocefalia posicional varia entre três e cinco meses, de acordo com a idade e o grau de deformidade apresentado pelo paciente. No entanto, é fundamental que a assimetria seja identificada antes de a criança completar um ano e meio, como foi no caso de Miguel. Caso contrário, a órtese não pode mais corrigir a assimetria e, em alguns casos, é necessária a intervenção cirúrgica, que segundo o médico oferece grande risco.

Cranial Care

A clínica foi fundada em fevereiro deste ano e é a primeira da América Latina a oferecer o tratamento com a órtese para casos de plagiocefalia posicional. A iniciativa foi do especialista em assimetria craniana Gerd Schreen, que também teve uma filha com a doença. “O nome da doença era praticamente desconhecido para mim também. Quando veio o diagnóstico, junto com o alívio ao saber que não era nada mais sério, veio também a preocupação de o que fazer com aquilo".

Pela Internet, o médico descobriu o tratamento com a órtese, que até então só era realizado nos Estados Unidos e em alguns países europeus. “Então, fomos ao Estados Unidos para tratá-la. Mudei com a família para lá. Ficava indo e vindo porque tinha que trabalhar”. A partir daí, Schreen decidiu trazer o tratamento para o Brasil e fundou a clínica junto com o advogado Eduardo Aguirre, outro que enfrentou o problema. A clínica já atendeu aproximadamente 70 pacientes.
 
 Bjs à todos,

Raquel  do  Valle

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Especial mãe solteira.

Quem é mãe solteira?


Hoje em dia, ter um filho não significa necessariamente ter um companheiro ao lado. Muitos são os casos de mulheres que se aproximam dos 40 anos e, sem ter encontrado alguém com quem quisessem formar uma família, optam por uma produção independente. Também há aquelas que não se importam em encarar a gravidez mesmo se o companheiro não assumir o filho ou se enfrentarem uma separação.
Não há dados oficiais no Brasil sobre o número de mães solteiras, mas, segundo levantamentos do IBGE em 2009, entre as famílias com filhos, 26% tem como referência alguém do sexo feminino e sem cônjuge. Ou seja, uma mulher chefiando a família sozinha.

Com os avanços das técnicas de reprodução assistida e uma mentalidade mais flexível da sociedade, a tendência é que cada vez mais mulheres escolham essa opção. Felizmente, os especialistas apontam que a predisposição das pessoas para aceitarem essa situação e apoiarem a mãe solteira também está aumentando.

Não é uma decisão fácil, mas nada impede que uma família constituída por mãe e filho seja feliz e estruturada. Nas reportagens do especial, você vai conhecer mais sobre esse universo e saber o que pode ajudar na hora de lidar com suas emoções. Confira, nessa primeira reportagem, alguns conselhos para manter o equilíbrio psicológico ao se tornar mãe solteira.

Como lidar com as emoções na hora de criar um bebê sozinha
A psicóloga Rita Calegari, especialista em atender grávidas e mães no Hospital e Maternidade São Camilo, em São Paulo, ensina a melhor maneira de lidar com o sentimento quando o projeto de um filho é solo:

Bebê: Quando uma mulher opta pela produção independente, como saber se está no caminho certo, sem transferir eventuais frustrações amorosas para o filho?
Rita: Independentemente do tipo de grávida, a mulher deve se perguntar por que quer ter um filho. É para compensar algo, para ter alguém que goste dela, dê carinho? Para não se sentir sozinha? Quando fazemos essa pergunta, a resposta deveria priorizar: quero cuidar de alguém. Quando o objetivo é outro, a chance de os planos falharem é muito grande. A segunda pergunta é: qual a razão para fazer isso sozinha? Se a resposta for “porque quero compensar a falta de sorte no amor” também não dará certo, já que estamos falando de amores diferentes. O pensamento deve ser mais ou menos o seguinte: “Tive várias relações, mas não encontrei alguém especial e quero uma família”. Quando a falta de sorte no amor acontece porque a mulher é inflexível, não se esforça pelo outro ou é egoísta demais para conviver, isso vai interferir no seu relacionamento com o filho também. Não adianta fugir do fato de que esse lado da personalidade terá de ser trabalhado. Se ela não consegue se relacionar com os companheiros, terá dificuldades para se relacionar com o filho pelos mesmos motivos. Ele não será um bebê fofo e passivo para sempre. Vai crescer e exigir atenção. Vai viver a própria vida. Criamos o filho para o mundo. Não dá para tê-los por motivos egoístas.

Bebê: No caso de um namorado que não quis assumir a gravidez ou um casamento que foi desfeito logo no começo, como ela pode lidar com o sofrimento, a frustração e talvez até certa sensação de fracasso? Afinal, a gravidez deveria ser o início de uma família...
Rita: Devemos pensar que são dois projetos diferentes. A construção de um casamento é um, e a construção de uma família, outro. O primeiro deveria levar ao segundo, mas, às vezes, a ordem se inverte e a gravidez surge antes de o relacionamento se fortalecer. Pode ser difícil lidar com o sofrimento, mas uma boa ideia é focar a energia no relacionamento com o bebê, em construir uma família saudável com ele. Afinal, essa criança não deve arcar com o custo emocional do afastamento dos pais. Algumas mulheres ficam muito decepcionadas com o parceiro, mas, para muitas, o pior é a cobrança consigo próprias por não terem escolhido um bom companheiro. Essa culpa não deve existir. A sensação de abandono também não é rara. O grande problema é que esses sentimentos negativos levam à baixa autoestima e ao sofrimento e ninguém consegue educar outro indivíduo para ser feliz nesse estado. É preciso colocar as ideias em ordem, procurar ajuda, viver o luto, mas seguir em frente.

Bebê: Como contar para a família e os amigos que você está no processo de uma produção independente?
Rita: Prepare-se para reações de surpresa, afinal, essa atitude ainda é vista, socialmente, como uma novidade. É importante ser sincera sobre suas razões. Quanto mais segura estiver, mais fácil será o momento de contar aos outros e explicar os motivos. Você terá argumentos sólidos e nos quais acredita. Por isso, é tão importante analisar suas motivações e saber, internamente, por que tomou a decisão. Lembre-se de que muitas dessas pessoas serão apoios no futuro. Por isso, tenha paciência, aguarde o tempo necessário para cada um assimilar a notícia, rever suas posições e compreendê-la.

Bebê: Como lidar com a falta de um companheiro na criação da criança?
Rita: O papel masculino é muito mais importante do que se imagina. É por meio do pai que o bebê é apresentado ao mundo. É ele que se coloca na relação simbiótica entre o filho e a mãe e ensina que existem outros tipos de amor. Mas esse papel tanto pode ser de um amigo, um parente, como pode ser de outra mulher. Na verdade, é importante que essa criança tenha outras relações que sejam diferentes do que ela vive com a mãe. Isso é o que um companheiro faria diariamente. A criança precisará de exemplos masculinos, aprender o ponto de vista dos homens, tão diferentes em alguns aspectos dos femininos, mas isso pode vir da convivência com tios, primos, professores, amigos da família. A mãe deve proporcionar possibilidades para essas convivências. O papel de pai pode ser compartilhado e executado por outras pessoas, mas é necessário saber que um dia a própria criança cobrará o porquê da ausência dele. Esteja preparada para bem explicar.

Bebê: A mãe solteira tende a mimar o filho na tentativa de suprir a falta do pai?
Rita: Na verdade, ela corre tanto o risco de mimar quanto de ser rígida demais. Quando existe um casal, um faz o contraponto do outro. O pai, por exemplo, pode ser mais rígido, enquanto a mãe é mais flexível, ou vice-versa. A mãe solteira dará conta de todos os papéis. Por isso, é tão importante a criança ter outros vínculos afetivos. Também é imprescindível que essa mãe escute os conselhos de pessoas próximas, avalie se as críticas são válidas ou não, analise suas atitudes e compare suas ações para ver se não está tendendo para um lado ou para outro.

Bebê: O que responder se a criança perguntar do pai?
Rita: Conte a verdade. A mulher precisa estar preparada para isso e nunca deve mentir para a criança. Mais cedo ou mais tarde, a verdade será descoberta e isso levará ao sofrimento da família. Respeite o tempo que seu filho precisa para compreender o que passou. Talvez ele fique triste ou magoado no início, até com certa raiva da mãe, mas no fim isso será bom para seu amadurecimento e sua busca pela felicidade. Conte sua história usando uma linguagem que ele entenda e fique disponível para suas perguntas. O assunto pode voltar à tona várias vezes na infância, até ele assimilar tudo. Tenha paciência. Quando a mãe trata do assunto com segurança e tranquilidade, a criança aceita melhor a situação, entende as suas razões e a adota como modelo para o futuro.

Bebê: Como a sociedade vê a mãe solteira atualmente? Ainda existe preconceito?
Rita: Sempre existe preconceito, quando se trata de algo diferente. Mas vejo uma mudança na sociedade. A definição de família mudou bastante. Muitas casas são chefiadas por mulheres, muitas uniões são feitas com dois pais ou duas mães, pessoas se casam duas, três, quatro vezes. Essas diferenças se tornaram mais comuns. Quanto mais segura a mulher estiver de suas decisões, menos importância dará ao preconceito caso seja vítima dele. Na verdade, ela pode se surpreender em ver como alguns indivíduos são solidários e companheiros nessas situações.

Bebê: A família composta de apenas mãe e filho pode ser feliz e estruturada emocionalmente?
Rita: Com certeza! Não existe uma receita, um modelo certo, tipo papai, mamãe, dois filhos e cachorro. Nós é que colocamos isso na cabeça, sem entender que há outras maneiras de conviver. Ser feliz é uma construção diária, que envolve resiliência, trabalho, paciência. É preciso querer ser feliz todos os dias, o que não significa ter só alegrias pelo caminho. O ser humano evita conflitos e problemas, como se isso fosse possível. Mas é com eles que crescemos. A família feliz não é a que segue um modelo ou não tem nenhum problema. É aquela que transforma o que poderia ser um fracasso em possibilidades de melhorar. Quando age assim, não importa quantos membros possua, será feliz e equilibrada.

Bjs à todas,

Raquel  do  Valle

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Brinquedos para alugar.

Uma alternativa mais barata para o seu filho se divertir e variar nas opções.


Quando o empresário Wagner Heilman virou pai, sentiu no bolso como os bons brinquedos são caros e resolveu criar o Clube do Brinquedo, uma loja onde os clientes alugam e não compram, em São Paulo. “Tenho um filho de 3 anos e uma filha de 10 meses. Desde que o primeiro nasceu, mergulhei no universo infantil e comecei a procurar brinquedos que fossem seguros, duráveis e estimulantes. Não tive dificuldade em encontrar bons produtos, mas os brinquedos bons são muito caros. E são usados por pouco tempo pelas crianças, que logo crescem e passam a necessitar de brinquedos diferentes. Além disso, eles enjoam muito rápido dos brinquedos e é muito frequente a reclamação dos pais de não terem mais onde guardar tanta coisa.”

1. Como surgiu o Clube do Brinquedo?
Wagner Heilman:
Quando minha filha nasceu, pensei, em um primeiro momento, em não comprar nada para ela, apesar de me sentir tentado diante das novidades que vi nas prateleiras das lojas. Então, comecei a pensar no quanto seria bom se uma empresa alugasse brinquedos, pois isso permitiria um gasto menor por um bem que eu usaria por pouco tempo mesmo, além de evitar acúmulo de tralhas na minha casa. A ideia me atraiu também porque está de acordo com uma necessidade dos dias atuais, a de praticar o consumo sustentável e ensiná-lo aos nossos filhos. Comecei a pesquisar sobre o assunto e vi que existem empresas que alugam brinquedos para bebês e crianças em outros países, mas notei que o serviço não existia no Brasil e decidi criar a empresa.

2. Como funciona?
Wagner Heilman:
O cliente escolhe um plano e paga um valor para receber certa quantidade de brinquedos, mensalmente, em sua casa. Depois de um mês, eles podem ser trocados por outros. Não há taxa para as entregas. Não existe fidelização, por isso, o cliente pode cancelar a assinatura a qualquer momento sem ser obrigado a permanecer por um período mínimo. Enviamos os brinquedos com pilhas e baterias e checamos o seu funcionamento antes da entrega. Pode ocorrer de acabarem no período do aluguel, dependendo do tempo de uso do brinquedo. Nesse caso, o cliente pode substituí-las para usar o brinquedo e, quando devolvê-lo, pode reter as pilhas que comprou. Basta devolver as antigas para nós.

3. Qual o custo para que a empresa entregue e retire os brinquedos na casa do cliente?
Wagner Heilman:
Quando nosso cliente assina um dos planos, não cobramos nenhuma taxa de entrega ou retirada, a não ser quando a pessoa está com os brinquedos há menos de 30 dias e solicita a troca. Ou no caso de entregas fora da capital de São Paulo.

4. Quantos brinquedos estão disponíveis na loja?
Wagner Heilman:
Temos disponíveis cerca de 200 brinquedos diferentes. Os mais procurados foram adquiridos por nós em maior número. Por isso, no total, temos por volta de 600 brinquedos.

5. Qual o brinquedo tem mais saída?
Wagner Heilman:
Para bebês de até 6 meses, as cadeirinhas e os tapetes fazem sucesso. Os pequenos de 6 meses a 1 ano gostam de brinquedos com atividades, como a calculadora. Os andadores são os preferidos das crianças entre 1 e 2 anos. Para os pequenos de 2 a 3 anos, indicamos os brinquedos musicais. Os brinquedos de faz de conta são ideais para as crianças de 3 a 4 anos. E, para os maiorzinhos, temos os videogames.

6. Se a criança gostar muito do brinquedo, os pais podem comprá-lo?
Wagner Heilman:
Nossos brinquedos estão disponíveis apenas para a locação, não estão à venda. Vendê-los contraria nosso ideal de estimular uma atitude verde, que é evitar o desperdício. Se a criança gostar muito do brinquedo, o pai tem a opção de manter o aluguel por um período indeterminado. Entretanto, minha experiência como pai me dá a certeza de que não demorará muito para que o pequeno perca o interesse por determinado brinquedo.

7. Como proceder se a criança danificar o brinquedo alugado?
Wagner Heilman:
Sabemos que o uso gera uma deterioração natural no produto, que pode sofrer pequenos riscos e manchas. Não cobraremos multa por tais ocorrências e queremos que as crianças se sintam à vontade para brincar. Entretanto, se for constatado algum dano (ou perda de componente) importante, ou seja, que prejudique o uso do brinquedo por outros clientes, cobraremos uma taxa que varia de R$ 10 a R$ 50, dependendo da extensão do dano e do valor do brinquedo. Se o problema inviabilizar totalmente o uso do brinquedo, será cobrado o valor de mercado, com desconto de 20%.

8. Como é feita a higienização dos brinquedos?
Wagner Heilman:
A higienização é feita quando o brinquedo sai de nosso estoque e no momento em que retorna da casa do cliente. Essa limpeza é feita normalmente em duas etapas: na primeira, há a remoção da sujeira e da gordura com sabão neutro e água. Na segunda, há a desinfecção, feita com álcool a 70%. É claro que isso depende do material com que o brinquedo é confeccionado, pois brinquedos de pano, por exemplo, não são desinfetados com álcool, mas lavados e secos ao sol. Depois do processo, o brinquedo é embalado e selado com um adesivo que atesta sua limpeza.

9. De quanto em quanto tempo são comprados brinquedos novos?
Wagner Heilman:
Todos os brinquedos que disponibilizamos para a locação foram comprados novos. Para avaliar as condições de uso, levamos em conta diversos fatores, como segurança, beleza, criatividade e apelo junto ao consumidor infantil. Todos são aprovados pelo Inmetro e são de marcas de notório reconhecimento quanto à seriedade e confiabilidade. Compramos brinquedos novos o tempo todo, conforme são lançados ou conforme são sugeridos por nossos clientes.

10. Qual a importância de alugar brinquedos em uma época tão consumista como a de hoje?
Wagner Heilman:
Brinquedos são aliados importantes no desenvolvimento infantil e nenhum pai gostaria de privar seus filhos de brincar com o que há de melhor, mesmo sabendo que o uso do objeto é efêmero. Por isso, o aluguel de brinquedos é a alternativa ideal, pois permite que a criança tenha acesso a um número variado de estímulos, sem causar danos ao nosso planeta. Além disso, a criança aprende desde cedo a se desapegar dos objetos, sabendo que tem que cuidar bem deles, pois serão usados por outras crianças. A sustentabilidade é a preocupação do Clube do Brinquedo desde sua criação. O próprio serviço é um estímulo ao consumo consciente e todas as ações tomadas dentro da empresa seguem o protocolo de uma empresa sustentável. Um exemplo disso são nossas embalagens (caixas ou sacolas), que são retornáveis.

Para conhecer o Clube do Brinquedo, acesse

Bjs à todos,


Raquel  do  Valle

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fertilidade em alta.

Você sente que chegou o momento de realizar o sonho da maternidade? Os médicos Eduardo Motta* e Paulo Serafini*, diretores do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva, um dos mais conceituados do país, esclarecem questões cruciais para auxiliá-la nessa jornada.

Quando buscar ajuda para engravidar
Por Eduardo Motta

A síndrome da mulher moderna tomou conta de nossa sociedade. Há poucos anos, elas eram preparadas para casar e construir uma família. Hoje, a história é outra. A prioridade delas, aliás, da maioria dos casais, é a carreira. A maioria se preocupa com os efeitos que a gravidez pode causar na vida profissional. Outras, que sempre desejaram ter um filho, retardam muito esse plano e acabam se deparando com uma realidade que foge de seu controle: a dificuldade de engravidar após os 35 anos.

No consultório, recebemos diversos tipos de pacientes mas, definitivamente, esse novo perfil já virou um “padrão”. Há um crescente número de casais na mesma situação e também muitas mulheres que, aos 35, ainda nem encontraram o parceiro ideal. Casais com este perfil e outros que estão em busca da maternidade há pelo menos um ano nos procuram diariamente para encontrar uma solução. Na maioria das vezes, existe saída, mas há casos de pacientes com idades mais avançadas e que não produzem mais óvulos de boa qualidade. Aí, precisam recorrer à doação de óvulos. Essa situação está cada vez mais comum.

Quando o assunto é infertilidade, muitos relacionamentos ficam estremecidos e o apoio de um especialista é fundamental para esclarecer todas as dúvidas. Nosso papel é ser transparente com o casal e dar suporte psicológico e emocional para a realização de um tratamento.

Adiar a gravidez por muito tempo gera uma enorme frustração, depois de meses de tentativas. Sem falar na culpa que ambos carregam em silêncio imaginando ser o pivô do problema.

Para as mulheres entre 30 e 35 anos que ainda não encontraram o par perfeito, o congelamento de óvulos seria uma "poupança" da maternidade. A técnica ainda gera polêmica entre elas, já que é preciso admitir que está sozinha e que não existe breve perspectiva em encontrar um parceiro.

Todos os casos merecem atenção especial e vale ressaltar que realizar um tratamento de reprodução assistida é mais comum do que de imagina.

Utilizaremos esta coluna para expor alguns temas que envolvem a infertilidade. Esperamos poder ajudar!



* Eduardo Leme Alves da Motta
Médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, é doutor em Ginecologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Professor adjunto da disciplina de Ginecologia e chefe do Setor de Ginecologia Endócrina da Unifesp, Eduardo Motta se especializou no Huntington Reproductive Center, na Califórnia. É diretor do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva e co-responsável pelo Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana.


* Paulo Serafini
Médico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com Pós-doutorado em Endocrinologia Reprodutiva na University of Southern California School of Medicine, nos Estados Unidos, hoje é diretor do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva e co-responsável pelo Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. Também foi diretor do programa de Fertilização In Vitro, da Universidade da Califórnia.



Bjs à todas,

Raquel  do  Valle

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Obesidade na gravidez.

O aumento excessivo de peso durante a gestação pode causar problemas à saúde da mãe e do bebê.


A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que, desde 1974, o sobrepeso nas meninas aumentou 23,4% e entre os meninos, 23,9%. Segundo a endocrinologista Cláudia Cozer, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, a ABESO, campanhas de orientação para esse público atrai maior atenção dos adultos preocupados com a saúde dos filhos. “Como as crianças ainda não têm autonomia para se alimentar e as grávidas se dedicam aos seus bebês ainda em formação, acreditamos que podemos ter um resultado mais satisfatório, modificando hábitos no início da vida”, conclui.

Limite na balança
A recomendação dos especialistas é que as gestantes engordem, no máximo, até 12 quilos durante a gravidez. “O ideal é ganhar um quilo mensalmente, em média, embora as mulheres altas possam exceder um pouco esse limite”, diz a ginecologista Mara Carvalho Diegoli, do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
Ela explica que, no primeiro trimestre, muitas gestantes até emagrecem devido aos enjoos. “Do quarto ao sexto mês, o ganho de peso também é pequeno. Ele acelera mesmo no final da gravidez, quando a tendência do organismo é reter mais líquido, provocando inchaço”.

Mãe cheinha, bebê pesado
“Quando a mãe esbanja quilos extras na gravidez, a probabilidade de a criança também se tornar obesa é de 50% a 60%”, diz a endocrinologista Cláudia Cozer. Se ambos os pais forem obesos, o risco sobe para 70% a 80%.
Além dos problemas com a própria saúde, as mulheres que brigam com a balança durante a gestação podem gerar bebês mais pesados, com macrossomia fetal—condição em que o recém-nascido apresenta mais de 4 quilos-- e com possibilidades de desenvolver hipoglicemia ao nascer. “É importante que as mães se lembrem de que tudo que consomem vai para o bebê”, afirma a ginecologista e obstetra Lilian Takeda, da Maternidade Pro Matre Paulista, em São Paulo.

Riscos associados
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera obesas as pessoas que apresentam Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30. Trata-se de valor obtido a partir da seguinte fórmula: peso/altura². A gestante que ultrapassar essa marca corre mais riscos, não só durante a gravidez como na hora do parto. Além de sofrer com dores mais intensas, nas costas e nas pernas, a grávida pode desenvolver diabetes gestacional, aumentando a propensão de adquirir, definitivamente, a doença após o nascimento do bebê. A ameaça de pré-eclâmpsia, aumento grave da pressão arterial nesse período, que pode acarretar sérias complicações, é outra razão para ficar atenta à silhueta. Sem falar nas taxas de colesterol, triglicérides e glicose. Quem sai perdendo, muitas vezes, é o bebê, que fica mais sujeito à malformações, aborto e ruptura antecipada da bolsa, que induz parto prematuro.
Como se não bastasse, a gordura excessiva ainda pode dificultar a cicatrização, em caso de cesárea.

Olho no prato
A gravidez altera os processos metabólicos da futura mamãe. “Se a mulher não estiver preparada emocionalmente, terá mais dificuldades para controlar o impulso de comer, por exemplo”, avisa Lilian. “Por outro lado, não raro essas transformações ajudam a modificar positivamente os hábitos alimentares, porque ela passa a pensar na saúde do bebê”, acrescenta.
Para evitar o excesso de peso na gestação, é preciso controlar a ingestão de calorias. “Essa história de comer por dois não existe. A grávida deve consumir alimentos saudáveis e nutritivos, de forma moderada. E nunca ficar em jejum ou passar fome, pois o feto pode sofrer com a escassez”, diz Lilian.
A não ser que a mulher seja diabética, o ideal é evitar os adoçantes, porque algumas pesquisas mostram que eles são capazes de provocar alterações fetais. Na dúvida, prefira o açúcar em pequenas quantidades, nos primeiros três meses de gestação. “Troque o docinho por uma fruta, mas sem exagerar, pois elas contêm frutose”, diz Lilian.
Cláudia ensina, ainda: “Fracione as refeições, procurando comer de três em três horas. Diminua o sal (que promove inchaço), abuse das verduras e legumes, ricos em fibras, vitaminas e sais minerais.” Prefira as carnes magras e os sucos naturais, ao invés dos refrigerantes (ricos em sódio). “Modere nas comidas pesadas e gordurosas, especialmente à noite. Durante a gravidez, a digestão é mais lenta e uma pizza no jantar pode causar muito desconforto para a mulher”, explica Mara Diegoli.
E além do controle calórico, é importante fazer uma atividade física. “Se você não tem o hábito de se movimentar, faça caminhadas e hidroginástica, exercícios com baixo impacto”, sugere Lilian.

Pós-parto
No momento do parto, além do peso do feto, a mulher perde cerca de um quilo de água e placenta. Os quilos restantes que engordou permanecem e é aí que os hábitos saudáveis devem entrar em cena, para auxiliar na recuperação da antiga forma. Uma das maneiras de enxugar medidas é amamentar. “O aleitamento ajuda a desinchar nos dois primeiros meses mas, se a mulher exagerar nas quantidades de comida, pode engordar novamente”, completa Mara. 

Bjs à todas,


Raquel  do  Valle